Confira algumas das dúvidas mais
frequentes enviadas à FEB e suas respostas, embasadas na Doutrina Espírita.
• O que é
o Espiritismo?
É o
conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos
nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos
Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o
Inferno e A Gênese.
“O
Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos
Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” Allan Kardec (O que
é o Espiritismo – Preâmbulo)
“O
Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das
coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na
Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e
pela esperança.” Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI – 4)
• O que é
reencarnação?
Os
Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu
aprimoramento. O objetivo da reencarnação é a evolução.
• O que é
mediunidade?
A
mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma
faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da
religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem. Mas atenção: prática
mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da
Doutrina Espírita e dentro da moral cristã. Portanto, em hipótese alguma o
médium poderá cobrar dinheiro, exigir ou aceitar qualquer forma de recompensa
(presentes, dádivas, agrados, etc.) por suas atividades mediúnicas.
• O que
são os Espíritos?
Os
Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos
Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. Os Espíritos são criados simples e
ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior
para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada
encarnação.
• O que o
Espiritismo informa sobre Jesus?
Jesus é o
guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é
a expressão mais pura da Lei de Deus. A moral do Cristo, contida no Evangelho,
é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a
solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela
Humanidade.
• Onde
vivem e o que fazem os Espíritos desencarnados?
Além do
mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o
mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados. Eles estudam,
trabalham e desenvolvem diversas atividades no mundo espiritual.
• O
Espiritismo tem entre seus princípios a crença em Deus?
Sim. O
Espiritismo explica que Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas
as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente
justo e bom. O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e
irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais. Todas as leis da
Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis
físicas como as leis morais.
• O
Espiritismo tem, entre seus princípios, a existência de vida em outros mundos?
Sim. A
Doutrina Espírita esclarece que no Universo há outros mundos habitados, com
seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos
que os homens.
• Quantos
adeptos do Espiritismo há no Brasil?
De acordo
com o Censo 2010 (IBGE), há 3,8 milhões de espíritas no Brasil.
• Quantos
Centros Espíritas existem no Brasil?
Cadastrados
junto à Federação Espírita Brasileira há 14 mil Centros Espíritas.
• Os
Espíritos sabem todas as coisas?
Os
Espíritos são as almas dos homens que já perderam o corpo físico. A exemplo do
que observamos na Humanidade encarnada, o conhecimento que eles têm é
correspondente ao seu grau de adiantamento moral e intelectual. A morte é uma
passagem para a vida espiritual e não dá valores morais ou de inteligência a
quem não os tem.
• Os
Espíritos podem reencarnar em corpos de animais?
Não. Os
Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem
estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral
depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.
•
Espiritismo é o mesmo que Umbanda ou Candomblé?
Não. O
Espiritismo é uma doutrina que surgiu na França, em 1857. O Candomblé (de
origem africana) e a Umbanda (originária do Brasil) são doutrinas
espiritualistas.
• Todos
os Espíritos são iguais?
Não. Os
Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que
tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons
Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos,
caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.
• Somente
pelo Espiritismo se pode ter contato com os Espíritos?
Não. As
relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons
Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam
a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.
• O que é
lei de causa e efeito?
É uma lei
criada por Deus e que dispõe que o homem tem o livre-arbítrio para agir, mas
responde pelas consequências de suas ações. O que fazemos de mal e de bem
retornará para nós nessa mesma vida ou em existência posteriores. A vida futura
reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou
não à Lei de Deus.
• O que é
a prece, de acordo com o Espiritismo?
A prece é
um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento
inato no homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador. A prece
torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte
contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. é
este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.
• Nas
instituições espíritas há algum tipo de pagamento?
Não. Toda
a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho:
“Dai de graça o que de graça recebestes”.
• O
Espiritismo revela algo novo?
Sim. O
Espiritismo revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do
Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida. Revela, ainda,
o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa
existência e qual a razão da dor e do sofrimento.
• O
Espiritismo tem rituais ou sacerdotes?
Não. A
prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior,
dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em
suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos,
concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas,
incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais
ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.
• O
Espiritismo é proselitista? Existem campanhas para que as pessoas se tornem
Espíritas.
Não. O
Espiritismo não impõe jamais os seus princípios. Convida os interessados em
conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.
•
Como o Espiritismo se relaciona com as demais religiões?
O Espiritismo
respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a
prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos
e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade,
crença, nível cultural ou social. Reconhece que “o verdadeiro homem de bem é o
que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.
Fonte: http://www.febnet.org.br/blog/geral/o-espiritismo/duvidas-mais-frequentes/
Perguntas &
Respostas com base na obra de Kardec.
Fonte: Estudando as obras de
Kardec – Astolfo Olegário de Oliveira Filho – aoofilho@oconsolador.com.br –
Londrina, Paraná (Brasil) – e coletânea de perguntas elaboradas pelo Grupo
Espírita Allan Kardec.
P&R: O Espiritismo também realiza
curas?
Sim. O Espiritismo nos propicia a cura dos males
físicos, mas, sobretudo, a cura das doenças morais, e são esses os maiores
prodígios que lhe atestam a procedência.Seus mais sinceros adeptos não são os
que se sentem tocados pela observação de fenômenos extraordinários, mas os que
dele recebem a consolação para suas almas, aqueles a quem liberta das torturas
da dúvida, aqueles a quem levanta o ânimo no momento da aflição e os que haurem
forças na certeza que o Espiritismo lhes dá acerca do futuro e no conhecimento
de sua natureza e de seu destino.
(Allan Kardec – A Gênese, cap. XV, itens 26 a 28.)
Os maus Espíritos acorrem voluntariamente, desde
que achem meio de assumir predomínio sobre nós, ou pela nossa fraqueza, ou pela
negligência que ponhamos em seguir as inspirações dos bons Espíritos. Somos
nós, portanto, que os atraímos. Resulta desse fato que jamais nos encontramos
privados da assistência dos bons Espíritos e que de nós depende o afastamento
dos maus. Sendo, por suas imperfeições, a causa primária das misérias que o
afligem, o homem é, as mais das vezes, o seu próprio mau gênio.
(Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Cap. XVIII, item 11)
Comentando a viagem que fez às cidades de Tours,
Orléans e Bordeaux por ocasião do Pentecostes, onde mais de cem confrades de
cidades diversas participaram de um encontro realizado com ele em Bordeaux,
Kardec destacou a seriedade com que nas mencionadas cidades os confrades
encaravam o Espiritismo. As consequências morais da doutrina, o alívio do
sofrimento do próximo e os conselhos de parte dos instrutores e familiares
desencarnados constituíam então o objetivo exclusivo e preferido das reuniões
espíritas, o que muito sensibilizou o Codificador. Em seguida, referindo-se aos
numerosos exemplos de transformação moral operada pela doutrina, ele disse que,
em que pese o valor da fé, a crença sem a prática é letra morta. Foi com
alegria que ele contou, então, haver encontrado em sua viagem um bom número de
espíritas de coração, que poderiam ser considerados completos, se fosse dado ao
homem ser completo no que quer que fosse.
(Allan Kardec – Revista Espírita de 1867, pp. 197 a
200. Texto condensado com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela
EDICEL.)
Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs
no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência.
Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará. Às vezes, conseguis
entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal.Ela, então, se cala. Mas, ficai
certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes
aperceber-se da sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a e com frequência vos
achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido. Um Espírito
Protetor (Lião,1860)
(Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Cap. XIII, item 10)
As imperfeições morais do obsidiado são, com
frequência, o obstáculo principal à sua libertação. Se ele se melhora, seu
protetor espiritual se reaproxima e somente a presença deste será suficiente
para expulsar o Espírito mau. Isso porque as imperfeições morais atraem e
favorecem os obsessores, e o mais seguro meio de se desembaraçar deles é atrair
os bons Espíritos pela prática do bem; estes só assistem os que os secundam
pelos esforços que fazem para melhorar-se.
(Allan Kardec – O Livro dos Médiuns, Item 252)
Nem sempre uma vida penosa é uma expiação; muitas
vezes é prova escolhida pelo Espírito, que vê nela um meio de avançar mais
rapidamente, conforme a coragem com que saiba suportá-la.
(Allan Kardec – O que é o Espiritismo, Cap. III,
item 134, pág. 203.)
“Procuram deslumbrar por meio de uma linguagem
empolada, mais pretensiosa do que profunda, eriçada de termos técnicos e
recheada das retumbantes palavras de caridade e moral. Cuidadosamente evitarão
dar um mau conselho, porque bem sabem que seriam repelidos. Daí vem que os que
são por eles enganados os defendem, dizendo: Bem vedes que nada dizem de mau. A
moral, porém, para esses Espíritos é simples passaporte, é o que menos os
preocupa. O que querem, acima de tudo, é impor suas ideias por mais
disparatadas que sejam.”
Allan Kardec. O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item
246.
Não vos contenteis em pedir a Deus que vos ajude.
Ajudai-vos vós mesmos, pois assim provareis a sinceridade de vossa prece. Seria
muito cômodo, na verdade, que bastasse pedir uma coisa nas preces para que ela
vos fosse concedida. Seria o maior incentivo à preguiça e à negligência das
boas ações.
Allan Kardec. Revista Espírita, fevereiro de 1860.
“10º Os bons Espíritos nunca ordenam; não se
impõem, aconselham e, se não são escutados, retiram-se. Os maus são imperiosos;
dão ordens, querem ser obedecidos e não se afastam, haja o que houver. Todo
Espírito que impõe trai a sua inferioridade. São exclusivistas e absolutos em
suas opiniões; pretendem ter o privilégio da verdade. Exigem crença cega e jamais
apelam para a razão, por saberem que a razão os desmascararia”.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, cap. XXIV, item
267.
Essa meta somente poderá ser alcançada com o
melhoramento das massas, o que pode acontecer gradualmente e pouco a pouco
apenas pelo melhoramento dos indivíduos. Com efeito, de que vale acreditar na
existência dos Espíritos, se esta crença não torna melhor, mais benevolente e
mais indulgente o indivíduo e se não o faz mais humilde e mais paciente na
adversidade? De que serve ao avarento ser espírita se ele permanece avaro; ao
orgulhoso, se está sempre cheio de si mesmo; ao invejoso, se está sempre com
inveja? Todos os homens poderiam então crer nas manifestações e a Humanidade
permanecer estacionária. Mas tais não são os desígnios de Deus. É para o fim providencial
que devem tender todas as sociedades espíritas sérias, agrupando ao seu redor
todos os que possuem os mesmos sentimentos; então haverá entre elas união,
simpatia, fraternidade e não um vão e pueril antagonismo de amor-próprio, de
palavras antes que de fatos; então elas serão fortes e poderosas, porque se
apoiarão numa base indestrutível: o bem para todos; então serão respeitadas e
imporão silêncio à tola zombaria, porque falarão em nome da moral evangélica
respeitada por todos.
Allan Kardec – O Livro dos Médiuns, item 350.)
“Sim, em todos os pontos do Globo vão produzir-se
as subversões morais e filosóficas; aproxima-se a hora em que a luz divina se
espargirá sobre os dois mundos.” – Erasto, anjo da guarda do médium.
Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap. XX, item 4.
Já dissemos que muito mais graves são as
consequências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o
Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar‐se, como faria com um
cego, e pode levá‐lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais
falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode leva-lo a
situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.
Allan Kardec. O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item
239.
Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais
cedo possível com o nosso adversário, não é somente objetivando apaziguar as
discórdias no curso da nossa atual existência; é, principalmente, para que elas
se não perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá, da prisão,
enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, enquanto não
houverdes satisfeito completamente a justiça de Deus.
Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo,
cap. X, Item 6.
Esse efeito tem uma causa; se esta causa não é
encontrada na vida presente, deve achar-se antes desta. O Espiritismo nos mostra
que mais de um homem nascido na miséria foi rico e considerado numa existência
anterior, na qual fez mau uso da fortuna que Deus o encarregou de gerir. Nem
sempre, porém, uma vida penosa é fruto de expiação; muitas vezes é prova
escolhida pelo Espírito, que vê nela um meio de avançar mais rapidamente,
conforme a coragem com que saiba suportá-la. A riqueza é também uma prova, mais
perigosa até que a miséria, pelas tentações que dá e pelos abusos que enseja. O
exemplo dos que passaram pela Terra demonstra ser ela uma prova em que a
vitória é mais difícil.
Allan Kardec. O que é o Espiritismo, cap. III, item
134.
“O desejo que então alimenta pode influir na
escolha que venha a fazer, dependendo isso da intenção que o anime. Dá-se,
porém, que, como Espírito livre, quase sempre vê as coisas de modo diferente. O
Espírito por si só é quem faz a escolha; entretanto, ainda uma vez o dizemos,
possível lhe é fazê-la, mesmo na vida material, por isso que há sempre momentos
em que o Espírito se torna independente da matéria que lhe serve de habitação.”
Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, questão 267.
“Resp. – Quando um Espírito se encarna, escolhe uma
prova; elegendo-a, estabelece-se uma espécie de destino que não pode mais
conjurar, uma vez que a ele está submetido; falo das provas físicas.
Conservando seu livre-arbítrio sobre o bem e o mal, o Espírito é sempre senhor
de suportar ou de repelir a prova; vendo-o fraquejar, um Espírito bom pode vir
em seu auxílio, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar sua
vontade. Um Espírito mau, isto é, inferior, mostrando-lhe ou exagerando um
perigo físico, pode abalá-lo e apavorá-lo, mas nem por isso a vontade do
Espírito encarnado fica menos livre de qualquer entrave.” – São Luís
Allan Kardec. Revista Espírita, março de 1858.
“Como já dissemos, o fascinado, geralmente, acolhe
mal os conselhos; a crítica o aborrece, irrita e o faz tomar quizila dos que
não partilham da sua admiração. Suspeitar do Espírito que o acompanha é quase,
aos seus olhos, uma profanação e outra coisa não quer o dito Espírito, pois
tudo a que aspira é que todos se curvem diante da sua palavra.”
Allan Kardec. O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item
250.
“Só com o tempo e o estudo se adquire o
conhecimento de qualquer ciência. Ora, o Espiritismo, que entende com as mais
graves questões de filosofia, com todos os ramos da ordem social, que abrange
tanto o homem físico quanto o homem moral, é, em si mesmo, uma ciência, uma
filosofia, que já não podem ser aprendidas em algumas horas, como nenhuma outra
ciência.”
Allan Kardec. O Livro dos Médiuns, cap. II, item 13.
Todos os bons Espíritos a recomendam e os
imperfeitos a pedem como meio de aliviar os seus sofrimentos. A alma, por quem
se pede, experimenta um consolo, porque vê na prece um testemunho de interesse,
e o infeliz é sempre consolado, quando encontra pessoas que compartilhem de
suas dores. De outro lado, pela prece o exortamos ao arrependimento e ao desejo
de fazer o necessário para ser feliz; é neste sentido que se pode abreviar-lhe
as penas, quando ele, de seu lado, o favorece com a sua boa vontade.”
Allan Kardec; O Que é o Espiritismo, cap. III, item
161.
O médium fascinado não acredita que o estejam
enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de
ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse
absurdo salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o
fazer achar sublime a linguagem mais ridícula.
Allan Kardec. O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item
239.
Pode estabelecer-se como regra invariável e sem exceção
que – a linguagem dos Espíritos está sempre em relação com o grau de sua
elevação. Os Espíritos realmente superiores não só dizem unicamente coisas
boas, como também as dizem em termos isentos, de modo absoluto, de toda
trivialidade. Por melhores que sejam essas coisas, se uma única expressão
denotando baixeza as macula, isto constitui um sinal indubitável de
inferioridade; com mais forte razão, se o conjunto do ditado fere as
conveniências pela sua grosseria.
Allan Kardec. O Livro dos Médiuns, capítulo XXIV,
item 263.
Qual a diferença entre aquele que pensa mal e
repele tal ideia daquele que pensa mal e se compraz com este pensamento?
Naquele que nem sequer concebe a ideia do mal, já
há progresso realizado; naquele a quem essa ideia acode, mas que a repele, há
progresso em vias de realizar-se; naquele, finalmente, que pensa no mal e nesse
pensamento se compraz, o mal ainda existe na plenitude da sua força. Num, o
trabalho está feito; no outro, está por fazer-se. Deus, que é justo, leva em
conta todas essas gradações na responsabilidade dos atos e dos pensamentos do
homem.
(Allan Kardec – o evangelho segundo o espiritismo –
Cap. VIII, item 7)
É apenas uma aptidão para servir de instrumento
mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral.”
Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap. XXIV, item 12.
“Não; a faculdade propriamente dita se radica no
organismo; independe do moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que
pode ser bom, ou mau, conforme as qualidades do médium.” – Erasto
Allan Kardec. O Livro dos Médiuns, cap. XX, 226, 1ª
pergunta.
Deus, que vê muito melhor do que nós e que só o
nosso bem quer, pode recusar o que peçamos, como um pai nega ao filho o que lhe
seja prejudicial.
Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo,
cap. 28, item 26.
“Se o efeito da injustiça ou do mal que um homem
comete em relação a um outro homem detém-se no indivíduo, a necessidade da
reparação será individual; mas se, em consequência, esse mal prejudica pouco a
pouco a centenas de indivíduos, sua dívida será centuplicada, porque serão
centenas de reparações a realizar. Quanto mais vítimas tiver feito, direta ou
indiretamente, maior o número dos que lhe pedirão contas de sua conduta. Como a
responsabilidade e o número de reparações aumentam com a extensão da autoridade
de que se é investido, somos responsáveis por indivíduos que jamais conhecemos,
mas que, nem por isso, sofreram menos as consequências dos nossos atos”.
Allan Kardec. Revista Espírita, setembro de 1868.
A fascinação tem consequências muito mais graves. E
uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium
e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às
comunicações.
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, cap. XXIII, item 239.
P&R: O que
Kardec pensava sobre a questão de forçar qualquer convicção religiosa sobre
outra pessoa?
“Não pretendo forçar
convicção alguma. Quando encontro pessoas que sinceramente desejam instruir-se
e dão-me a honra de pedir-me esclarecimentos, folgo e cumpro um dever
respondendo-lhes nos limites dos meus conhecimentos; quanto aos antagonistas,
porém, que, como vós, têm convicções arraigadas, não tento um passo para delas
arredá-los, atento a que é grande o número dos que se mostram bem-dispostos,
para que possamos perder o nosso tempo com aqueles que o não estão.” – Kardec
Allan Kardec. O que é
o espiritismo, capítulo I, Primeiro Diálogo.
[…] “o Espiritismo
torna feliz e é isto que lhe dá um poder irresistível e assegura o seu triunfo
futuro. Os homens querem a felicidade; como o Espiritismo a oferece, eles se
lançarão em seus braços.”
Allan Kardec. Revista
Espírita, outubro de 1860.
De duas maneiras se
opera, como já o dissemos, a marcha progressiva da Humanidade: uma, gradual,
lenta, imperceptível, se se considerarem as épocas consecutivas, a traduzir-se
por sucessivas melhoras nos costumes, nas leis, nos usos, melhoras que só com a
continuação se podem perceber, como as mudanças que as correntes d’água
ocasionam na superfície do globo; a outra, por movimentos relativamente
bruscos, semelhantes aos de uma torrente que, rompendo os diques que a
continham, transpõe nalguns anos o espaço que levaria séculos a percorrer.
Allan Kardec. A
Gênese, cap. XVIII, item 13.
“São eternas as
palavras de Jesus, porque são a verdade. Constituem não só a salvaguarda da
vida celeste, mas também o penhor da paz, da tranquilidade e da estabilidade
nas coisas da vida terrestre. Eis por que todas as instituições humanas,
políticas, sociais e religiosas, que se apoiarem nessas palavras, serão
estáveis como a casa construída sobre a rocha.”
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, item 9.
As raízes de todas as
paixões e de todos os vícios acham-se no instinto de conservação, instinto que
se encontra em toda a pujança nos animais e nos seres primitivos mais próximos
da animalidade, nos quais ele exclusivamente domina, sem o contrapeso do senso
moral, por não ter ainda o ser nascido para a vida intelectual. Todas as
paixões têm uma utilidade providencial, visto que, a não ser assim, Deus teria
feito coisas inúteis e até nocivas. No abuso é que reside o mal e o homem abusa
em virtude do seu livre-arbítrio. Mais tarde, esclarecido pelo seu próprio
interesse, livremente escolherá entre o bem e o mal.
(Allan Kardec – A
Gênese, cap. III, itens 10, 18 e 19.)
“Sabe-se que os
Espíritos, em virtude da diferença entre as suas capacidades, longe se acham de
estar, individualmente considerados, na posse de toda a verdade; que nem a
todos é dado penetrar certos mistérios; que o saber de cada um deles é
proporcional à sua depuração; que os Espíritos vulgares mais não sabem do que
muitos homens; que entre eles, como entre estes, há os presunçosos e os
pseudossábios, que julgam saber o que não sabem; sistemáticos, que tomam por
verdades as suas ideias; enfim, que só os Espíritos da categoria mais elevada,
os que já estão completamente desmaterializados, se encontram despidos das
ideias e preconceitos terrenos; mas, também é sabido que os Espíritos
enganadores não escrupulizam em tomar nomes que lhes não pertencem, para fazer
aceitar suas utopias. Daí resulta que, com relação a tudo o que seja fora do
âmbito do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um possa receber
terão caráter individual, sem cunho de autenticidade; que devem ser
consideradas opiniões pessoais de tal ou qual Espírito e que imprudente fora aceitá-las
e propagá-las levianamente como verdades absolutas.”
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, introdução II.
Quis Deus que a nova
revelação chegasse aos homens por mais rápido caminho e mais autêntico.
Incumbiu, pois, os Espíritos de levá-la de um pólo a outro, manifestando-se por
toda a parte, sem conferir a ninguém o privilégio de lhes ouvir a palavra. Um
homem pode ser ludibriado, pode enganar-se a si mesmo; já não será assim,
quando milhões de criaturas vêem e ouvem a mesma coisa. Constitui isso uma
garantia para cada um e para todos. Ao demais, pode fazer-se que desapareça um
homem; mas não se pode fazer que desapareçam as coletividades; podem queimar-se
os livros, mas não se podem queimar os Espíritos. Ora, queimassem-se todos os
livros e a fonte da doutrina não deixaria de conservar-se inexaurível, pela razão
mesma de não estar na Terra, de surgir em todos os lugares e de poderem todos
dessedentar-se nela. Faltem os homens para difundi-la: haverá sempre os
Espíritos, cuja atuação a todos atinge e aos quais ninguém pode atingir.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, introdução II.
“Espíritos simpáticos
são os que se nos ligam por uma certa analogia de gostos e pendores. Podem ser
bons ou maus, conforme a natureza das inclinações nossas que os atraiam.”
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 11.
A prece é o orvalho
divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela
nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão,
estaremos com Deus. Avancemos pelas veredas da prece e ouviremos as vozes dos
anjos. Que harmonia! Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra;
são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins, mais
delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos nossos
bosques. Por entre que delícias não caminharemos! Nossa linguagem não poderá
exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os nossos poros, tão vivo
e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe. Dulçurosas vozes, inebriantes
perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se lança a essas esferas
desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mescla de desejos carnais, são
divinas todas as aspirações. Carreguemos, como o Cristo, a nossa cruz e
sentiremos as doces emoções que lhe perpassavam nalma, se bem que vergado ao
peso de um madeiro infamante.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 23.
“Figuremos,
primeiramente, o Espírito em união com o corpo. Ele é o ser principal, pois que
é o ser que pensa e sobrevive. O corpo não passa de um acessório seu,
de um invólucro, uma veste, que ele deixa, quando usada. Além desse invólucro
material, tem o Espírito um segundo, semimaterial, que o liga ao primeiro. Por
ocasião da morte, despoja-se deste, porém não do outro, a que damos o nome
de perispírito.”
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, cap. I, item 3.
“Quando surge em nós
um mau pensamento, podemos, pois, imaginar um Espírito maléfico a nos atrair
para o mal, mas a cuja atração podemos ceder ou resistir, como se se tratara
das solicitações de uma pessoa viva. Devemos, ao mesmo tempo, imaginar que, por
seu lado, o nosso anjo guardião, ou Espírito protetor, combate em nós a má
influência e espera com ansiedade a decisão que tomemos. A nossa hesitação em
praticar o mal é a voz do Espírito bom, a se fazer ouvir pela nossa consciência.”
Allan Kardec. O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 28, item 20.
Amar aos inimigos não
pode, pois, significar que não se deve fazer nenhuma diferença entre eles e os
amigos. Este preceito parece difícil, e até mesmo impossível de se praticar,
porque falsamente supomos que ele prescreve darmos a uns e a outros o mesmo
lugar no coração. Se a pobreza das línguas humanas nos obriga a usarmos a mesma
palavra, para exprimir formas diversas de sentimentos, a razão deve fazer as
diferenças necessárias, segundo os casos.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, item 3.
“O que Deus concederá
sempre a quem ora com confiança é a coragem, a paciência, a resignação. E lhe
concederá também os meios de se tirar por si mesmo das dificuldades, mediante
ideias que fará lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o
mérito da ação. Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com
esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”; não assiste, porém, os que tudo
esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possuem”.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 7.
Deus não dá prova
superior às forças daquele que a pede; só permite as que podem ser cumpridas.
Se tal não sucede, não é que falte possibilidade: falta a vontade. – Santo
Agostinho. (Paris, 1862.)Allan Kardec – ESE – Capítulo XIV, item 9.
“Ditosos os que hajam
dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de
que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá:
“Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio
aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para
a obra!” Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem
retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no
turbilhão! Clamarão: “Graça! graça!” O Senhor, porém, lhes dirá: “Como
implorais graças, vós que não tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos
negastes a estender-lhes as mãos, que esmagastes o fraco, em vez de o
amparardes? Como suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa nos
gozos da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebestes a vossa
recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas
celestes são para os que não tenham buscado as recompensas da Terra.” – O
Espírito de Verdade. (Paris, 1862.)
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o espiritismo, cap. XX, item 5.
“Não podem os homens
ser felizes, se não viverem em paz, isto é, se não os animar um sentimento de
benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocas; numa palavra:
enquanto procurarem esmagar-se uns aos outros. A caridade e a fraternidade
resumem todas as condições e todos os deveres sociais; uma e outra, porém,
pressupõem a abnegação. Ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e o
orgulho; logo, com esses vícios, não é possível a verdadeira fraternidade, nem,
por conseguinte, igualdade, nem liberdade, dado que o egoísta e o orgulhoso
querem tudo para si”.
Allan Kardec. Obras
Póstumas, o egoísmo e o orgulho.
“Senhores, não ignoro
que tenho aqui muitos inimigos. Isto vos espanta, no entanto, nada é mais
verdadeiro. Sim, aqui há quem me ouça com ira; não digo entre vós, graças a
Deus! onde espero jamais ter senão amigos. Refiro-me aos Espíritos enganadores,
que não querem que vos dê os meios de desmascará-los, desde que descubro as suas
astúcias, pondo-vos em guarda, e lhes tiro o domínio que poderiam ter sobre
vós. A tal respeito, senhores, dir-vos-ei que seria erro supor que eles exerçam
esse domínio apenas sobre os médiuns.”
Allan Kardec. Revista
Espírita, outubro de 1860.
Esse sentimento, por
outro lado, resulta de uma lei física: a da assimilação e repulsão dos fluidos.
O pensamento malévolo emite uma corrente fluídica que causa penosa impressão; o
pensamento benévolo envolve-nos num eflúvio agradável. Daí a diferença de
sensações que se experimenta, à aproximação de um inimigo ou de um amigo.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, item 3.
“É natural, explica
Kardec. O estabelecimento das melhores coisas choca sempre interesses, ao
começar. Como querer que uma doutrina que conduz ao reino da caridade efetiva
não fosse combatida por todos os que vivem no egoísmo?”
Allan Kardec. O Que É
o Espiritismo, biografia de Allan Kardec.
“Está no pensamento o
poder da prece, que por nada depende nem das palavras, nem do lugar, nem do
momento em que seja feita. Pode-se, portanto, orar em toda parte e a qualquer
hora, a sós ou em comum. A influência do lugar ou do tempo só se faz sentir nas
circunstâncias que favoreçam o recolhimento”.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 15.
“O Livro dos
Espíritos teve como resultado demonstrar o seu alcance filosófico. Se esse
livro tem qualquer mérito, seria presunção minha orgulhar-me disso, porque a
doutrina que ele encerra não é criação minha. Toda honra pelo bem que ele fez
cabe aos sábios Espíritos que o ditaram e que quiseram servir-se de mim”.
Allan Kardec. Revista
Espírita, outubro de 1860.
“Se o médium é de
baixa moral, os Espíritos inferiores se agrupam em torno dele e estão sempre
prontos a tomar o lugar dos bons Espíritos a que ele apelou”.
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, cap. 20, item 227. Tradução de J. Herculano Pires.
Simboliza também
todos aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são; todas as utopias, todos
os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de base sólida. O que as mais das
vezes falta é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que abala as fibras do
coração, a fé, numa palavra, que transporta montanhas. São árvores cobertas de
folhas porém, baldas de frutos. Por isso é que Jesus as condena à esterilidade,
porquanto dia virá em que se acharão secas até à raiz. Quer dizer que todos os
sistemas, todas as doutrinas que nenhum bem para a Humanidade houverem
produzido, cairão reduzidas a nada; que todos os homens deliberadamente
inúteis, por não terem posto em ação os recursos que traziam consigo, serão
tratados como a figueira que secou.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX , item 9.
Lembrando que nos
casos de obsessão grave o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de
um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele,
Kardec diz que é essencial inicialmente desembaraçá-lo desse fluido, por meio
de uma ação idêntica à do médium curador nos casos de enfermidade, eliminando o
fluido mau com o auxílio de um fluido melhor, que produz, de certo modo, o
efeito de um reativo. Como essa ação mecânica não basta, é necessário atuar
também sobre o ser inteligente que produz a obsessão, ao qual importa se possa
falar com autoridade, tendo sempre em conta que, para se garantir a libertação,
é preciso induzir o Espírito perverso a renunciar aos seus maus desígnios e
fazer com que nele despontem o arrependimento e o desejo do bem, por meio de
instruções habilmente ministradas, objetivando sua educação moral. A tarefa em
tais casos se torna mais fácil quando o obsidiado, compreendendo sua situação,
presta o concurso da sua vontade e da sua prece. Esta é, segundo o Codificador,
o mais poderoso auxiliar de quem haja de atuar sobre o Espírito obsessor.
Segundo Kardec, a
cura das obsessões graves requer muita paciência, perseverança e devotamento, e
exige também tato e habilidade, a fim de encaminhar para o bem Espíritos muitas
vezes perversos, endurecidos e astuciosos, porquanto os há rebeldes ao extremo.
Qualquer que seja, porém, o caráter do Espírito, nada se obtém pelo
constrangimento ou pela ameaça. Toda influência reside no ascendente moral.
Outra verdade igualmente comprovada pela experiência tanto quanto pela lógica é
a completa ineficácia dos exorcismos, fórmulas, palavras sacramentais,
amuletos, talismãs, práticas exteriores, ou quaisquer sinais materiais.
Finalizando, ensina
Kardec que a obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas e
reclama, por vezes, tratamento simultâneo ou consecutivo, quer magnético, quer
médico, para restabelecer a saúde do organismo. E, ainda que esteja destruída a
causa, resta combater os efeitos.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, itens 81 a 84.
“Pode também escolher
o corpo, pois as imperfeições que este apresente representam provas que o
auxiliarão a progredir, se vencer os obstáculos que delas lhe advenham. O
Espírito pode pedir, mas a escolha nem sempre depende dele.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, questão 335.
A libertação se opera
gradualmente e com uma lentidão variável, segundo os indivíduos e as
circunstâncias da morte. Os laços que unem a alma ao corpo não se rompem senão
pouco a pouco, e tanto menos rapidamente quanto a vida foi mais material e mais
sensual. (O Livro dos Espíritos, nº 155)
Allan Kardec – O que
é o espiritismo, 144.
No momento da morte,
primeiro tudo é confuso; a alma precisa de algum tempo para se reconhecer,
porque está meio atordoada, e no estado de um homem saindo de sono profundo e
que procura inteirar-se da sua situação. A lucidez das ideias e a memória do
passado lhe retornam à medida que se desfaz a influência da matéria da qual acaba
de se libertar, e que se dissipa a espécie de bruma que obscurece seus
pensamentos.
A duração da
perturbação que se segue à morte é muito variável; pode ser de algumas horas
somente, como de vários dias, de vários meses e mesmo de vários anos. Ela é menos
longa naqueles que, durante a vida, se identificaram com seu estado futuro,
porque compreendem imediatamente sua situação; é tanto mais longa quanto o
homem tenha vivido mais materialmente.
As sensações que a
alma experimenta nesse momento são também muito variáveis; a perturbação que
segue a morte nada tem de penosa para o homem de bem; ela é calma e em tudo
semelhante à sensação que acompanha um despertar pacífico. Para aquele cuja
consciência não é pura e que está mais preso à vida corporal que à espiritual,
ela é cheia de ansiedade e de angústias que aumentam à medida que ela se
reconhece; porque então ela está tomada de medo e de uma espécie de terror em
presença daquilo que vê, e sobretudo daquilo que entrevê.
A sensação que se
poderia chamar física é a de um grande alívio e de um imenso bem-estar;
sente-se como livre de um fardo, e se está muito feliz por não sentir mais as
dores corporais que se sentia poucos instantes antes de se sentir livre,
desligado e alerta como quem viesse a ser libertado de pesadas correntes.
Na sua nova situação,
a alma vê e ouve o que via e ouvia antes da morte, mas vê e ouve outras coisas
que escapam à grosseria dos órgãos corporais; ela tem sensações e percepções
que nos são desconhecidas (Revista Espírita, 1859, pág. 224: Morte de um
espírita – Idem, 1860, pág. 332: O sonho do Espírito – Idem, 1862, pág. 129 e
171: Funerais de M. Sanson).
Nota: Estas
respostas, e todas aquelas relativas à situação da alma depois da morte ou
durante a vida, não são o resultado de uma teoria ou de um sistema, mas de
estudos diretos feitos sobre milhares de indivíduos observados em todas as
fases e em todos os períodos da sua existência espiritual, desde o mais baixo
até o mais alto grau da escala, segundo seus hábitos durante a vida terrestre,
o gênero de morte, etc.
Diz-se, frequentemente, falando da vida espiritual, que não se sabe o que lá se passa porque pessoa alguma dela retornou; é um erro, uma vez que são precisamente os que lá se encontram que vêm dela nos instruir, e Deus o permite hoje mais que em nenhuma outra época, como última advertência dada à incredulidade e ao materialismo.
Diz-se, frequentemente, falando da vida espiritual, que não se sabe o que lá se passa porque pessoa alguma dela retornou; é um erro, uma vez que são precisamente os que lá se encontram que vêm dela nos instruir, e Deus o permite hoje mais que em nenhuma outra época, como última advertência dada à incredulidade e ao materialismo.
Allan Kardec – O que
é o espiritismo, 145.
Ela conserva todas as
afeições morais; não esquece senão as afeições materiais que não são mais da
sua essência. Por isso, vem com alegria rever seus parentes e seus amigos, e é
feliz por dela se lembrarem
(Revista Espírita,
1860, pág. 202: Os amigos não nos esquecem no outro mundo. 11 – Idem, 1862,
pág. 132).
Allan Kardec – O que é o Espiritismo, capítulo III: Soluções de alguns problemas pela Doutrina Espírita, questão 151.
Allan Kardec – O que é o Espiritismo, capítulo III: Soluções de alguns problemas pela Doutrina Espírita, questão 151.
“Todo o seu passado
se desenrola diante dele, como as etapas de um caminho que um viajante
percorreu, mas, como já dissemos, não se recorda de maneira absoluta de todos
os atos. Lembra-se deles em razão da influência que tiveram sobre o seu estado
atual. Quanto às primeiras existências, as que se podem considerar como a
infância do Espírito, essas se perdem no vago e desaparecem na noite do
esquecimento.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, questão 308.
Como o Espiritismo vê
as preces dos outros cultos?
“O Espiritismo
reconhece como boas as preces de todos os cultos, quando ditas de coração e não
de lábios somente. Nenhuma impõe, nem reprova nenhuma”.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 1.
Qual a relação do
sofrimento com a lei de causa e efeito?
Os sofrimentos
devidos a causas anteriores à presente existência, como os que se originam de
culpas atuais, são muitas vezes a consequência da falta cometida, isto é, o
homem, pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer
aos outros. Se foi duro e desumano, poderá ser a seu turno tratado duramente e
com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilhante condição; se foi
avarento, egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do
necessário, e assim por diante.
(Allan Kardec – O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, item 7)
Há duas maneiras bem
diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. O perdão
verdadeiro, o perdão do cristão, é aquele que lança um véu sobre o passado, e
esse é o único que nos será levado em conta, visto que Deus não se satisfaz com
as aparências. Ele sonda o recesso do coração e os nossos mais secretos
pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs palavras e de simulacros.
Segundo Paulo (Espírito), o esquecimento completo e absoluto das ofensas é
peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de
inferioridade. “Não olvideis que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais
pelos atos do que pelas palavras.”
(Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo X, itens 5, 6 e 15.)
“Os mais temíveis, em
seu mundo, como no nosso, são os Espíritos hipócritas: falam sempre com doçura,
lisonjeando as mentes predispostas; são meigos, aduladores, pródigos em
expressões de ternura e em protestos de devotamento. É preciso ser realmente
forte para resistir a semelhantes seduções.
Allan Kardec. Revista
Espírita, outubro de 1858.
Do ensino dado pelos
Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos
mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes.
Entre eles há os em que estes últimos são ainda inferiores aos da Terra, física
e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais
ou menos superiores a todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existência é
toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À
medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira
que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo III – Há muitas moradas na casa de
meu Pai » Diferentes categorias de mundos habitados » 3.
Os verdadeiros
missionários de Deus ignoram-se a si mesmos, em sua maior parte; desempenham a
missão a que foram chamados pela força do gênio que possuem, secundado pelo
poder oculto que os inspira e dirige a seu mau grado, mas sem desígnio
premeditado. Numa palavra: os verdadeiros profetas se revelam por seus atos,
são adivinhados, ao passo que os falsos profetas se dão, eles próprios, como
enviados de Deus. O primeiro é humilde e modesto; o segundo, orgulhoso e cheio
de si, fala com altivez e, como todos os mendazes, parece sempre temeroso de
que não lhe deem crédito.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXI, item 9.
É bela e santa a
vossa Doutrina. A estrada que vos está aberta é grande e majestosa. Feliz
daquele que chegar ao porto; quanto mais prosélitos houver feito, tanto mais
lhe será contado. Mas, para isso, cumpre não abraçar friamente a Doutrina; é
preciso fazê-lo com ardor e esse ardor será duplicado, porquanto Deus está
convosco sempre que fazeis o bem. Todos os que atrairdes serão outras tantas
ovelhas que voltaram ao aprisco.
(O Livro dos Médiuns,
Cap. XXXI, item V, São Benedito)
As causas das
perturbações em um grupo espírita radicam-se apenas no seio dos encarnados?
Não. Os causadores de
perturbações encontram-se igualmente no mundo invisível. Do mesmo modo que há
Espíritos protetores para as sociedades, as cidades e os povos, Espíritos
malfeitores se apegam aos grupos como aos indivíduos. Apegam-se primeiro aos
mais fracos, aos mais acessíveis, e procuram fazer deles instrumentos, para
depois tentar envolver o conjunto. Todas as vezes então que num grupo uma
pessoa caia no laço, é preciso confessar que há um inimigo no campo, um lobo no
aprisco e que deve manter-se em guarda, porque é mais do que provável que ele
multiplicará suas tentativas. Se não o desencorajarem por uma resistência
enérgica, a obsessão se torna então como um mal contagioso, que se manifesta
nos médiuns pela perturbação da mediunidade e nos outros pela hostilidade dos
sentimentos, a perversão do senso moral e perturbação da harmonia.
(Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns, item 340.)
A tarefa se apresenta
mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, presta o concurso
da sua vontade e da sua prece. O mesmo não se dá, quando, seduzido pelo
Espírito embusteiro, ele se ilude no tocante às qualidades daquele que o domina
e se compraz no erro em que este último o lança, visto que, então, longe de
secundar, repele toda assistência. É o caso da fascinação, infinitamente mais
rebelde do que a mais violenta subjugação. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap.
XXIII.)
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo XXVIII – Coletânea de preces espíritas » V – Preces pelos
doentes e pelos obsidiados » Pelos obsidiados » Pelos obsidiados – 81.
Em vão se objeta que
o esquecimento constitui obstáculo a que se possa aproveitar da experiência de
vidas anteriores. Havendo Deus entendido de lançar um véu sobre o passado, é
que há nisso vantagem. Com efeito, a lembrança traria gravíssimos
inconvenientes. Poderia, em certos casos, humilhar-nos singularmente, ou,
então, exaltar-nos o orgulho e, assim, entravar o nosso livre-arbítrio. Em
todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação nas relações
sociais.
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo V – Bem-aventurados os aflitos » Esquecimento do passado
» item11.
“Enumerar todas
as qualidades do homem de bem é muito difícil. Aqui estão algumas delas,
conforme as relacionou Allan Kardec. O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a
lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Tem fé em Deus e no
futuro. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo
bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco
contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Seu primeiro
impulso é pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos
interesses dos outros antes do seu próprio interesse. É bom, humano e
benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em
todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções
sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as
circunstâncias, toma por guia a caridade. Não alimenta ódio, nem rancor, nem
desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos
benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de
indulgência. Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em
evidenciá-los. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em
combatê-las. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais,
por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa
dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de
prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de
aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu
mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus
iguais perante Deus”.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 3.
“Consciência
imediata não é bem o termo; ela fica algum tempo em estado de perturbação.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, questão 163.
O que Jesus quis
dizer com: Há muitas moradas na casa de meu pai?
A casa do Pai é o
Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e
oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas apropriadas ao seu
adiantamento.
Independente da diversidade dos mundos, essas palavras de Jesus também podem referir-se ao estado feliz ou desgraçado do Espírito na erraticidade.
Independente da diversidade dos mundos, essas palavras de Jesus também podem referir-se ao estado feliz ou desgraçado do Espírito na erraticidade.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo III – Há muitas moradas na casa de
meu Pai » Diferentes estados da alma na erraticidade » item 2.
Reconhece-se o
verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega
para domar suas inclinações más. Enquanto alguns se contentam com seu horizonte
limitado, outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se
dele e sempre o consegue, se tem firme a vontade. Esse, o verdadeiro espírita.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4.
“A força do
Espiritismo tem duas causas preponderantes: a primeira é tornar felizes os que
o conhecem, o compreendem e o praticam. […] A segunda é que o Espiritismo não
se assenta na cabeça de nenhum homem, sujeitando-se, assim, a ser derrubado;
não tem um foco único, que possa ser extinto; seu foco está em toda parte,
porque em toda parte há médiuns que podem comunicar-se com os Espíritos; não há
família que não os possua em seu seio e que não realizem estas palavras do
Cristo: Vossos filhos e filhas profetizarão, e terão visões; porque, enfim, o
Espiritismo é uma ideia e não há barreiras impenetráveis à ideia, nem bastante
altas que estas não possam transpor.”
Allan Kardec. Revista
Espírita, novembro de 1861.
“Pode dar-se que, às
vezes, os bons Espíritos permitam essas lutas, para facultarem, assim aos bons,
como aos maus sentimentos, ensejo de se revelarem, a fim de separar-se o trigo
do joio. Eles, porém, estarão sempre do lado onde houver mais humildade e
verdadeira caridade.” – São Vicente de Paulo.
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, segunda parte, cap. XXXI, sobre as sociedades espíritas, XXVI.
“Se os inimigos
externos nada podem contra o Espiritismo, o mesmo não se dá com os de dentro.
Refiro-me aos que são mais espíritas de nome que de fato, sem falar dos que do
Espiritismo apenas têm a máscara.”
Discurso do Sr. Allan
Kardec – Reunião geral dos Espíritas bordeleses – Revista Espírita, novembro de
1861.
O homem só possui em
plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao
chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que
é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas,
simplesmente, o usufruto. – Pascal. (Genebra, 1860.)
Allan Kardec – O
evangelho segundo o espiritismo, cap. XVI, item 9.
Uma das insensatezes
da Humanidade consiste em vermos o mal de outrem, antes de vermos o mal que
está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver
seu interior num espelho, pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de
si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se
visse alguém fazer o que faço? Incontestavelmente, é o orgulho que induz o
homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos, tanto morais, quanto
físicos.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, Item 10.
Estão próximos os
tempos, digo-lhes ainda, em que nesse planeta reinará a grande fraternidade, a
lei do Cristo regerá os homens, única que servirá de freio e de esperança,
conduzindo as almas às moradas ditosas. Amai-vos, pois, como filhos do mesmo
Pai; não estabeleçais diferenças entre os outros infelizes, porquanto quer Deus
que todos sejam iguais; a ninguém desprezeis. Permite Deus que entre vós se
achem grandes criminosos, para que vos sirvam de ensinamento. Em breve, quando
os homens se conduzirem pelas verdadeiras leis de Deus, já não haverá
necessidade desses ensinos: todos os Espíritos impuros e revoltados serão
dispersados nos mundos inferiores, em harmonia com seus pendores. – Isabel de
França. (Havre, 1862.)
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo XI – Amar o próximo como a si mesmo » Instrução dos
Espíritos » Caridade para com os criminosos » 14.
“Não espereis
trazê-los pela persuasão, pois não buscam a luz. Em vão desdobrais aos seus
olhos a evidência do sol. São cegos porque não querem ver. Não vos atacam
porque estejais no erro, mas porque estais com a verdade e porque, com razão ou
sem razão, creem que o Espiritismo é prejudicial aos seus interesses materiais.
Se estivessem persuadidos de que é uma quimera, deixá-lo-iam perfeitamente tranquilo.”
Discurso do Sr. Allan
Kardec – Reunião geral dos Espíritas bordeleses – Revista Espírita, novembro de
1861.
“O nosso
objetivo é tomar-vos melhores. Ora, quando verificamos que as nossas palavras
nenhum fruto produzem, que, da vossa parte, tudo se resume numa estéril
aprovação, vamos em busca de almas mais dóceis. Cedemos então o lugar aos
Espíritos que só fazem questão de falar e esses não faltam.” – Massillon.
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, segunda parte, cap. XXXI, sobre as sociedades espíritas, XXV.
Assim como o Cristo
disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o Espiritismo diz:
“Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.” Nada ensina em
contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em
termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica.Vem
cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização
das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme
igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na
Terra.
Allan Kardec O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo I – Não vim destruir a lei » O
Espiritismo » 7.
Cada imperfeição é
uma porta aberta à influência deles (maus espíritos), ao passo que são impotentes
e renunciam a toda tentativa contra seres perfeitos. Tudo o que poderíamos
fazer para afastá-los é inútil, se não lhes opormos uma vontade inabalável no
bem, e uma renúncia absoluta ao mal. Portanto, é preciso dirigirmos nossos
esforços contra nós mesmos, e então os maus Espíritos irão distanciar-se
naturalmente, pois é o mal que os atrai, enquanto o bem os repele.
Allan Kardec. O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, oração dominical, Prefácio, VI.
Quem traz consigo
pensamentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de
animosidade, de cupidez, de falsidade, de hipocrisia, de maledicência, de
malevolência, em uma palavra, pensamentos hauridos na fonte das más paixões,
espalha ao seu redor eflúvios fluídicos malsãos, que reagem sobre aqueles que o
cercam. Numa assembleia, ao contrário, onde todos não trouxessem senão
sentimentos de bondade, de caridade, de humildade, de devotamento
desinteressado, de benevolência e de amor ao próximo, o ar estará impregnado de
emanações saudáveis no meio das quais sente-se viver mais comodamente.
Allan Kardec. Revista
Espírita, maio de 1867.
O Espírito mau espera
que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos
livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas
suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de
obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação
e possessão. O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma
vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a
sofre deu lugar pelo seu proceder.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, Item 6.
Não, porquanto
precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto
que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus
semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua
crença, ou a sua opinião”. – S. Luís. (Paris, 1860.)
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 20.
Neste período de
transição, não haverá sinais pelo qual a humanidade poderá entender que a
mudança chegou?
Tudo segue a ordem
natural das coisas e as leis imutáveis de Deus não serão subvertidas. Não
vereis milagres, nem prodígios, nem fatos sobrenaturais, no sentido vulgarmente
dado a essas palavras.
Allan Kardec. Obras
Póstumas, segunda parte, regeneração da humanidade.
A encarnação é, pois,
uma necessidade para o Espírito que,realizando a sua missão providencial, trabalha
seu próprio adiantamento pela atividade e pela inteligência, que deve
desenvolver, a fim de prover à sua vida e ao seu bem-estar. Mas a encarnação
torna-se uma punição quando o Espírito, não tendo feito o que devia, é
constrangido a recomeçar sua tarefa, multiplicando penosas existências
corporais por sua própria culpa.
Allan Kardec. Revista
Espírita, junho de 1863.
Dado que toda
influência boa emana de um bom Espírito; que tudo quanto é mau vem de uma fonte
má; que os maus Espíritos são os inimigos da união e da concórdia, o grupo que
for assistido pelo Espírito do mal será o que jogará pedras no outro e não lhe
estenderá a mão.
Allan Kardec. Revista
Espírita 1860 » Outubro » Banquete oferecido pelos Espíritas Lioneses ao Sr.
Allan Kardec.
O motivo disso é que
em muitos deles ainda são muito tenazes os laços da matéria para permitirem que
o Espírito se desprenda das coisas da Terra. A névoa que os envolve tira-lhes,
portanto, a visão do infinito, donde resulta não romperem facilmente com seus
pendores nem com seus hábitos, não percebendo que haja qualquer coisa melhor do
que aquilo de que são dotados. Têm eles a crença nos Espíritos como um simples
fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências instintivas. Numa
palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e a
lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar as inclinações.
Espíritas ainda imperfeitos, alguns deles ficam a meio caminho ou se afastam de
seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou
então guardam suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou
prevenções.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4.
“Se os inimigos
externos nada podem contra o Espiritismo, o mesmo não se dá com os de dentro.
Refiro-me aos que são mais espíritas de nome que de fato, sem falar dos que do
Espiritismo apenas têm a máscara.”
Allan Kardec. Revista
Espírita, novembro de 1861.
“Convencido da
verdade desta doutrina, e do bem que ela está convocada a produzir, tratei de
lhe coordenar os elementos e esforcei-me por torná-na clara e para todos
inteligível. É tudo quanto me cabe e, assim, jamais me considerei seu criador.
A honra cabe inteiramente aos Espíritos.”
Discurso do Sr. Allan
Kardec – Reunião geral dos Espíritas bordeleses – Revista Espírita, novembro de
1861.
“Curvai,
portanto, as vossas frontes altaneiras, que Deus pode fazer se abaixem, justo
no momento em que mais as elevardes. Na balança divina, são iguais todos os
homens; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus”. – Lacordaire
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 11.
Os Espíritos sérios
só comparecem às reuniões sérias, para onde os chamam com recolhimento e para
coisas sérias. Não se prestam a responder a perguntas de curiosidade, de prova,
ou com finalidade fútil. Os frívolos estão por toda a parte; calam-se nas
reuniões sérias, mas tomam a desforra nas reuniões frívolas, divertindo-se,
zombando e respondendo a tudo sem se importarem com a verdade.
Allan Kardec. O que é
o Espiritismo, cap. I, segundo diálogo.
A Ciência e a
Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as
coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com
que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse
traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e
suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento
dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas
relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de
ilógico na fé: vencido foi o materialismo.
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo I – Não vim destruir a lei » Aliança da ciência e da
religião
A prece é um ato de
caridade, é um arroubo do coração. Cobrar alguém que se dirija a Deus por
outrem é transformar-se em intermediário assalariado. A prece fica, então,
sendo uma fórmula, cujo comprimento se proporciona à soma que custe. Deus não
vende os benefícios que concede. Como pode, então, alguém cobrar pelas preces
que faça em favor dos outros?
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, item 4.
“A honra cabe
inteiramente aos Espíritos. É, pois, a eles só que se devem dirigir os
testemunhos de gratidão. Eu não aceito os elogios que me dirigis de boa vontade
senão como um encorajamento para continuar minha tarefa com perseverança.”
Discurso do Sr. Allan
Kardec – Reunião geral dos Espíritas bordeleses – Revista Espírita, novembro de
1861.
Estamos
incessantemente cercados por uma multidão de Espíritos que, por serem
invisíveis aos nossos olhos materiais, nem por isso deixam de estar no espaço,
ao redor de nós, ao nosso lado, espiando nossas ações, lendo os nossos
pensamentos, uns para nos fazerem o bem, outros para nos induzirem ao mal,
conforme sejam bons ou maus.
Allan Kardec. Revista
Espírita, outubro de 1858.
A inteligência está
longe de ser um indício certo de superioridade, porquanto a inteligência e a
moral nem sempre andam emparelhadas. Pode um Espírito ser bom, afável, e ter
conhecimentos limitados, ao passo que outro, inteligente e instruído, pode ser
muito inferior em moralidade.
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, capítulo XXIV, item 265.
Entre os Espíritos
que nos rodeiam, há os que se vinculam a nós, que agem mais particularmente
sobre o nosso pensamento, aconselham‐nos, e cujo impulso
seguimos sem o saber. Felizes se escutarmos somente a voz dos bons.
Allan Kardec. Revista
Espírita, outubro de 1858.
Os Espíritos
inferiores não se ligam senão aos que os ouvem, junto aos quais têm acesso e
aos quais se prendem. Caso consigam estabelecer domínio sobre alguém,
identificam‐se com o seu próprio Espírito, fascinam‐no, obsidiam-no, subjugam‐no e o conduzem como se fosse uma
verdadeira criança.
Allan Kardec. Revista
Espírita, outubro de 1858.
“Estamos
incessantemente cercados por uma multidão de Espíritos que, por serem
invisíveis aos nossos olhos materiais, nem por isso deixam de estar no espaço,
ao redor de nós, ao nosso lado, espiando nossas ações, lendo os nossos
pensamentos, uns para nos fazerem o bem, outros para nos induzirem ao mal,
conforme sejam bons ou maus.
Allan Kardec. Revista
Espírita, outubro de 1858.
“É preciso ser
uma religião para possuir seus mártires? A Ciência, as artes, o gênio, o
trabalho e as ideias novas não tiveram, em todas as épocas, os seus mártires?
Não ajudam a fazer mártires os que apontam os espíritas como reprovados, como
párias de quem se deve fugir ao contato? os que sublevam contra eles a populaça
ignorante a ponto de lhes tirar os meios de subsistência, esperando
vencê-los pela fome, em falta de boas razões? Bela vitória se o conseguissem!”
Allan Kardec. Revista
Espírita, abril de 1862.
“Todos vós que
sofreis injustiças, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos,
ponderando que também vós não vos achais isentos de culpas. Isso é caridade,
mas é igualmente humildade. Se sofreis pelas calúnias, abaixai a cabeça sob
essa prova. Que vos importam as calúnias do mundo?” – Lacordaire
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 11.
“Não basta que
dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo nenhum lhes está associado,
só há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se
desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade. Esse sabe que, se
pelas aparências conseguimos enganar os homens, a Deus ninguém engana.” – Lázaro
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 6.
A inteligência é rica
de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos os
homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus,
fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance.
Infelizmente, muitos a tornam instrumento de orgulho e de perdição contra si
mesmos. O homem abusa da inteligência como de todas as suas outras faculdades
e, no entanto, não lhe faltam ensinamentos que o advirtam de que uma poderosa
mão pode retirar o que lhe concedeu. – Ferdinando, Espírito protetor.
(Bordeaux, 1862.)
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo VII – Bem-aventurados os pobres de espírito » Instruções
dos Espíritos » Missão do homem inteligente na terra.
É preciso fazermos
uma distinção entre a alma e o homem. A alma é criada simples e ignorante,
isto é, nem boa nem má, porém suscetível, em razão do seu livre-arbítrio,
de seguir o bom ou o mau caminho, ou, por outra, de observar ou infringir as leis
de Deus. O homem nasce bom ou mau, segundo seja ele a encarnação de um
Espírito adiantado ou atrasado.
Allan Kardec. O Que É
o Espiritismo, cap. III, questão 130.
O pensamento é um dos
atributos do Espírito; a possibilidade, que eles têm, de atuar sobre a matéria,
de nos impressionar os sentidos e, por conseguinte, de nos transmitir seus
pensamentos, resulta, se assim nos podemos exprimir, da constituição
fisiológica que lhes é própria. Logo, nada há de sobrenatural neste fato, nem
de maravilhoso.
O Livro dos Médiuns »
Primeira Parte – Noções preliminares » Capítulo II – Do maravilhoso e do
sobrenatural » 7.
“Toda ideia
nova forçosamente encontra oposição e nenhuma há que se implante sem lutas.
Ora, nesses casos, a resistência é sempre proporcional à importância dos
resultados previstos, porque, quanto maior ela é, tanto mais numerosos são os
interesses que fere”.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIII, item 12.
“Eu não disse
que é um sinal de indignidade, mas que um obstáculo pode opor-se a certas
comunicações; em remover o obstáculo que está nele, é o a que deve aplicar-se;
sem isso, suas preces, suas súplicas nada farão. Não basta que um doente diga
ao seu médico: dê-me saúde, quero passar bem. O médico nada pode, se o doente
não faz o que é preciso.”
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, 254, 3ª pergunta.
O indivíduo propenso
a encolerizar-se desculpa-se, quase sempre, com o seu temperamento. Em vez de
se confessar culpado, lança a culpa ao seu organismo, acusando a Deus, dessa
forma, de suas próprias faltas, o que é uma consequência do orgulho que nutre,
de permeio a todas as suas imperfeições.
(allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. IX, item 10, Hahnemann).
“Até certo
ponto, assim é. Preciso se torna, porém, levar em conta a melhora que se possa
ter operado no Espírito e as resoluções que ele haja tomado na erraticidade.
Pode suceder que a existência atual seja muito melhor que a precedente.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, questão 398.
“Como já
dissemos, o fascinado, geralmente, acolhe mal os conselhos; a crítica o
aborrece, irrita e o faz tomar quizila dos que não partilham da sua admiração”.
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, 250.
Pela sua união íntima
com o corpo, o perispírito desempenha preponderante papel no organismo. Pela
sua expansão, põe o Espírito encarnado em relação mais direta com os Espíritos
livres e também com os Espíritos encarnados.
O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.
O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.
Allan Kardec. A Gênese, cap. XIV, item 18.
— Perfeito? É pena,
mas bem sabes que não há perfeição sobre a Terra. Se não fosse assim, não
estarias nela. Digamos antes bom médium, e já é muito, pois são raros. O médium
perfeito seria aquele que os maus Espíritos jamais ousassem fazer uma tentativa
de enganar. O melhor é o que, simpatizando com os bons Espíritos, tem sido
enganado menos vezes.
O Livro dos Médiuns –
por Allan Kardec – tradução de José Herculano Pires – cap. 20, item 226 – n.9.
O orgulho. Pai de
muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas virtudes. Ele se encontra
na base e como móvel de quase todas as ações humanas. Essa a razão por que
Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao progresso.
(O Evangelho segundo
o Espiritismo, capítulo X, item 10.)
Tanto a obediência
quanto a resignação são virtudes muito ativas, embora os homens erradamente as
confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o
consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração. Quando se
diz que uma pessoa é resignada, o que se quer dizer é que ela aceita de coração
as coisas que não podem ser mudadas, fato que ocorre em grande número de
situações em nossa vida.
(O Evangelho segundo
o Espiritismo, capítulo IX, item 8.)
A única coisa a
fazer-se com a vítima é convencê-la de que está sendo ludibriada e
reconduzir-lhe a obsessão ao caso da obsessão simples.
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, 250.
O egoísmo é, pois, o
alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas
forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um
para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto,
empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro
devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é a fonte de todas
as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o
maior obstáculo à felicidade dos homens.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XI – Amar o próximo como a si mesmo
» Instrução dos Espíritos » O egoísmo » 11.
O que muitas vezes
impede que vos corrijais de um defeito, de um vício, é, certamente, o fato de
não perceberdes que o tendes. Enquanto vedes os menores defeitos do vizinho, do
irmão, nem sequer suspeitais que tendes as mesmas faltas, talvez cem vezes
maiores que as deles. Isto é consequência do orgulho, que vos leva, como a
todos os seres imperfeitos, a não achar nada de bom senão em vós.
(Revista Espírita,
Junho 1863)
O pensamento malévolo
determina uma corrente fluídica que impressiona penosamente. O pensamento
benévolo nos envolve num agradável eflúvio.
Allan Kardec. O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XII, item 3.
Quanto aos que não os
quisessem ouvir, Jesus recomendou a seus apóstolos, pura e simplesmente, que se
fossem embora, à procura de pessoas de boa vontade. A mesma conduta recomenda o
Espiritismo a seus adeptos: não violentemos nenhuma consciência; a ninguém
forcemos para que deixe a sua crença, a fim de adotar a nossa; não procuremos
anatematizar os que não pensam como nós; acolhamos os que venham ter conosco e
deixemos tranquilos os que nos repelem. Lembremo-nos, por fim, das palavras do
Cristo: Outrora, o céu era tomado com violência; hoje o é pela brandura.
(O Evangelho segundo
o Espiritismo, cap. XXV, item 11.)
P&R: As
imperfeições morais trazem consequências danosas ao homem?
Não há uma única
imperfeição da alma que não traga consigo suas consequências lastimáveis,
inevitáveis, e nem uma única boa qualidade que não seja a fonte de um gozo. A
soma das penas é assim proporcionada à soma das imperfeições, como a dos gozos
está na razão da soma das qualidades.
Allan Kardec – O Céu
e o Inferno, primeira parte, cap. VII, Código penal da vida futura, 3º.
Os verdadeiros
espíritas, diante dos ataques recebidos, devem distinguir-se pela moderação,
deixando aos antagonistas o triste privilégio das injúrias. É dever de todo bom
espírita esclarecer os que o procuram de boa fé, mas é inútil discutir com
antagonistas de má fé ou ideia preconcebida. Pouco importa, assim, que este ou
aquele seja contra o Espiritismo, quando se sabe que ninguém tem o poder de
impedir a realização dos fatos.
(Revista Espírita de
1863, pp. 152 e 153.) Tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.
P&R: Pois
que o Espírito da criança já viveu, por que não se mostra, desde o nascimento,
tal qual é?
Tudo é sábio nas
obras de Deus. A criança necessita de cuidados especiais, que somente a ternura
materna lhe pode dispensar, ternura que se acresce da fraqueza e da ingenuidade
da criança. Para uma mãe, seu filho é sempre um anjo e assim era preciso que fosse,
para lhe cativar a solicitude. Ela não houvera podido ter-lhe o mesmo
devotamento, se, em vez da graça ingênua, deparasse nele, sob os traços
infantis, um caráter viril e as ideias de um adulto e, ainda menos, se lhe
viesse a conhecer o passado.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VIII, item 4.
“Um sábio da
antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, questão 919.
Deus permite que, nas
famílias, ocorram encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o
duplo objetivo de servir de prova para uns e meio de progresso para outros. Eis
por que existem, numa mesma família, pessoas cujo caráter, gostos e pendores
nenhuma semelhança apresentam com os demais.
(Allan Kardec – O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IV, item 19)
“Arme-se a
vossa falange de decisão e coragem! Mãos à obra! o arado está pronto; a terra
espera; arai!” – Erasto, anjo da guarda do médium. (Erasto, Paris, 1863.)
Allan Kardec. O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XX, item 4.
O Espiritismo bem
compreendido é para a vida da alma o que o trabalho material é para a vida do
corpo. Ocupai-vos dele com esse objetivo, e ficai certos de que quando tiverdes
feito, para o vosso melhoramento moral, a metade do que fazeis para melhorar a
vossa existência material, tereis dado um grande passo para a humanização. (Um
Espírito)
Allan Kardec. Revista
Espírita, março de 1867.
Quase sempre, a
obsessão exprime a vingança que um Espírito tira e que na maioria dos casos se
radica nas relações que o obsidiado manteve com ele em precedente existência.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII – Coletânea de preces
espíritas » V -» Pelos obsidiados – item 81.
Os Espíritos não são,
como supõem muitas pessoas, uma classe à parte na criação, porém as almas,
despidas do seu invólucro corporal, daqueles que viveram na Terra ou em outros
mundos. Aquele que admite a sobrevivência da alma ao corpo, admite, pelo mesmo
motivo, a existência dos Espíritos. Negar os Espíritos seria negar a alma.
Allan Kardec. O que é
o Espiritismo, cap. II, item 7.
Causa má impressão
nas pessoas principiantes ou mal preparadas o contato com experiências feitas
ligeiramente e sem conhecimento de causa. Tais experiências têm também o
inconveniente de fornecer uma ideia muito falsa do mundo dos Espíritos e de dar
azo a chacotas; eis por que os incrédulos saem dessas reuniões raramente
convertidos e pouco dispostos a ver um lado sério no Espiritismo.
(Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns, Introdução, pág. 6)
Podem traduzir-se
assim essas verdades: “Considerai-vos ditosos, quando haja homens que, pela sua
má vontade para convosco, vos deem ocasião de provar a sinceridade da vossa fé,
porquanto o mal que vos façam redundará em proveito vosso. Lamentai-lhes a
cegueira, porém, não os maldigais.”
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIV, item 19.
“Não. Dois
Espíritos, que se ligam bem, naturalmente se procuram um ao outro, sem que se
tenham conhecido como homens.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, 387.
Para nos melhorarmos,
outorgou-nos Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da
consciência e as tendências instintivas. Priva-nos do que nos seria
prejudicial. Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu; nasce qual se fez;
em cada existência, tem um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que
foi antes: se se vê punido, é que praticou o mal. Suas atuais tendências más
indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve
concentrar-se toda a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido
completamente, nenhum traço mais conservará. As boas resoluções que tomou são a
voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças
para resistir às tentações.
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo V – Bem-aventurados os aflitos » Esquecimento do
passado.
O Espiritismo não tem
sua fonte entre os homens; ele é obra dos Espíritos, que não podem ser
queimados nem encarcerados. Se chegassem a destruir todos os livros espíritas,
os Espíritos ditariam outros.
Allan Kardec. O que é
o Espiritismo, cap. I, Segundo Diálogo, p. 122.
Médiuns sérios: os
que unicamente para o bem se servem de suas faculdades e para fins
verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, utilizando-se delas para
satisfação de curiosos e de indiferentes, ou para futilidades.
O Livro dos Médiuns »
Segunda parte – Das manifestações espíritas » Capítulo XVI – Dos médiuns
especiais » Variedades dos médiuns escreventes » 197.
Os Espíritos são
seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se
assemelharem aos humanos. Possuem todas as percepções que tinham na Terra, mas
em grau mais alto, porque suas faculdades não estão amortecidas pela matéria.
Veem e ouvem coisas que nossos sentidos limitados não nos permitem ver nem
ouvir. Para eles não há obscuridade, excetuando-se os que, por punição, se
acham temporariamente nas trevas.
Allan Kardec. O que é
o Espiritismo, cap. II, itens 16 e 17.
Ó espíritas!
compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando
produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir
inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus
essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se
fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis
auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem estar futuro. Lembrai-vos de que a
cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa
guarda? Santo Agostinho – Paris, 1862.
Allan Kardec – O
evangelho segundo o espiritismo, cap. 14, item 9.
Sim. As preces lhes
são proveitosas, porque, verificando que há quem neles pense, menos abandonados
e menos infelizes se sentem. Além disso, a prece tem sobre eles ação mais
direta: reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevarem pelo arrependimento e
pela reparação e, possivelmente, desvia-lhes do mal o pensamento. É nesse
sentido que a prece pode não só aliviar, como abreviar seus sofrimentos.
(Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 18 a 21.)
Analisando o panorama
atual, no qual a Terra está no período de transição, percebe-se uma
intensificação da influência de Espíritos denominados “falsos profetas”. Deve o
espírita precaver-se em relação a este tipo de Espíritos?
Desconfiai dos falsos
profetas. É útil em todos os tempos essa recomendação, mas, sobretudo, nos
momentos de transição em que, como no atual, se elabora uma transformação da
Humanidade, porque, então, uma multidão de ambiciosos e intrigantes se arvoram
em reformadores e messias. É contra esses impostores que se deve estar em
guarda, correndo a todo homem honesto o dever de os desmascarar. – Erasto.
(Paris, 1862.)
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo XXI » Instruções dos Espíritos » item 9.
Dirigido o pensamento
para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou
vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo
de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som, porquanto o fluido é o
veículo do pensamento. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é
dirigida e é assim que eles se comunicam entre si e nos transmitem suas ideias
e inspirações.
Allan Kardec.
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 10.
Os mundos felizes não
são, porém, orbes privilegiados, visto que Deus não é parcial para qualquer de
seus filhos e a todos dá os mesmos direitos e as mesmas facilidades para ali
chegarem, fazendo-os partir, no entanto, do mesmo ponto.
(Allan Kardec – O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. III, item 12)
Assim como o Cristo
disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, o Espiritismo também diz:
“Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução”. Nada ensina em
contrário ao que ensinou o Cristo; porém, desenvolve, completa e explica, em
termos claros e para toda gente, o que foi dito antes apenas sob forma
alegórica. Ele vem cumprir, pois, o que o Cristo anunciou e preparar a
realização das coisas futuras. Ele é, portanto, obra do Cristo, que preside,
conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino
de Deus na Terra.
(Allan Kardec- O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo I, item 7)
A autoridade, tanto
quanto a riqueza, é uma delegação de que terá de prestar contas aquele que se
ache dela investido. Não julgueis que lhe seja ela conferida para lhe
proporcionar o vão prazer de mandar; nem, conforme supõe a maioria dos
potentados da Terra, como um direito, uma propriedade.
(Evangelho segundo o
Espiritismo, Cap. XVII, item 9, François-Nicolas-Madeleine)
Nos mundos venturosos,
as relações entre os povos são sempre amistosas. Não existem guerras; não há
senhores, nem escravos, nem privilegiados pelo nascimento. Só a superioridade
moral e intelectual estabelece diferença entre as condições e dá a supremacia.
Ninguém sofre por lhe faltar o necessário, uma vez que ninguém se acha em
expiação e o mal, nesses mundos, não existe. O homem não procura elevar-se
acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se, pois seu objetivo é
galgar a categoria de Espírito puro, não lhe constituindo um tormento esse
desejo.
(Allan Kardec – O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. III, item 10)
A obsessão muito
prolongada pode ocasionar desordens patológicas e reclama, por vezes,
tratamento simultâneo ou consecutivo, quer magnético, quer médico, para
restabelecer a saúde do organismo. Destruída a causa, resta combater os
efeitos.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII – Coletânea de preces
espíritas » V -» Pelos obsidiados – item 82 – Observação.
A tarefa se apresenta
mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, presta o concurso
da sua vontade e da sua prece. O mesmo não se dá, quando, seduzido pelo
Espírito embusteiro, ele se ilude no tocante às qualidades daquele que o domina
e se compraz no erro em que este último o lança, visto que, então, longe de
secundar, repele toda assistência. É o caso da fascinação, infinitamente mais
rebelde do que a mais violenta subjugação.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII – Coletânea de preces
espíritas » V -» Pelos obsidiados – item 81.
Não escorraceis,
pois, a criancinha que repele sua mãe, nem a que vos paga com a ingratidão; não
foi o acaso que a fez assim e que vo-la deu. Imperfeita intuição do passado se
revela, do qual podeis deduzir que um ou outro já odiou muito, ou foi muito
ofendido; que um ou outro veio para perdoar ou para expiar. Mães! Abraçai o
filho que vos dá desgostos e dizei convosco mesmas: Um de nós dois é culpado.
Fazei-vos merecedoras dos gozos divinos que Deus conjugou à maternidade,
ensinando aos vossos filhos que eles estão na Terra para se aperfeiçoar, amar e
bendizer.
Santo Agostinho – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XIV – Honrai a vosso pai e vossa mãe
» Instruções dos Espíritos » A ingratidão dos filhos e os laços de família,
item 9.
A bondade e a
benevolência são atributos essenciais dos Espíritos depurados. Não têm ódio,
nem aos homens, nem aos outros Espíritos. Lamentam as fraquezas, criticam os
erros, mas sempre com moderação, sem fel e sem animosidade. Admita-se que os
Espíritos verdadeiramente bons não podem querer senão o bem e dizer senão coisas
boas e se concluirá que tudo o que denote, na linguagem dos Espíritos, falta de
bondade e de benignidade não pode provir de um bom Espírito.
O Livro dos Médiuns »
Segunda parte – Das manifestações espíritas » Capítulo XXIV – 264.
Médiuns sérios: os
que unicamente para o bem se servem de suas faculdades e para fins
verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, utilizando-se delas para
satisfação de curiosos e de indiferentes, ou para futilidades.
O Livro dos Médiuns »
Segunda parte – Das manifestações espíritas » Capítulo XVI – Dos médiuns
especiais » Variedades dos médiuns escreventes » 197.
Hoje, na vossa
sociedade, para serdes cristãos, não se vos faz mister nem o holocausto do
martírio, nem o sacrifício da vida, mas única e exclusivamente o sacrifício do
vosso egoísmo, do vosso orgulho e da vossa vaidade. – Espírito
Protetor. (Cracóvia, 1861.)
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 13.
Tanto a simpatia
quanto a antipatia podem provir de relações anteriores, mas podem também ter
outra causa: a irradiação fluídica comum em todas as pessoas, que pode suscitar
impressões agradáveis ou desagradáveis nos semelhantes.
(Allan Kardec – O que
é o Espiritismo, capítulo III, item 125, págs. 199 e 200.)
A existência
terrestre, embora importante para o progresso do Espírito, é transitória e
passageira. O papel que desempenhamos numa existência corpórea finda-se com a
morte do corpo. É, pois, no mundo espiritual que transcorre a verdadeira vida,
e nela os disfarces não são possíveis.
(Allan Kardec –
(Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIII, item 8.)
As montanhas que a fé
transporta são as dificuldades, as resistências e a má vontade. Os preconceitos
da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as
paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem
trabalha pelo progresso da Humanidade. A fé robusta dá a perseverança, a
energia e os recursos que fazem se vençam os obstáculos, assim nas pequenas
coisas como nas grandes.
(Allan Kardec –
(Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, itens 1 e 2)
Essas palavras
indicam que aquele que muito sabe tem maior responsabilidade, comparado aos que
nada ou pouco sabem. Nesse sentido, quem quer que conheça os preceitos do
Cristo e não os pratica torna-se, certamente, culpado, porque nada poderá
alegar em seu favor no tribunal da própria consciência. Aos espíritas, pois,
muito será pedido, porque muito hão recebido; mas, em compensação, aos que
houverem aproveitado, muito será dado.
(Allan Kardec –
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, itens 10 a 12.)
Não, sem contestação,
as relações entre o mundo visível e o invisível, dos homens com os seres que
lhes são caros e que se pensava estivessem perdidos para sempre. São estas
relações que identificam o homem com seu futuro e o desligam do mundo material.
Suprimir esse intercâmbio equivale a mergulhar outra vez a criatura humana na
dúvida que faz o seu tomento e alimenta o seu egoísmo.
(Kardec – O Livro dos
Médiuns, Item 301, parágrafo 7)
Essa meta somente
poderá ser alcançada com o melhoramento das massas, o que pode acontecer
gradualmente e pouco a pouco apenas pelo melhoramento dos indivíduos. Com
efeito, de que vale acreditar na existência dos Espíritos, se esta crença não
torna melhor, mais benevolente e a mais indulgente o indivíduo e se não o faz
mais humilde e mais paciente na adversidade? De que serve ao avarento ser
espírita se ele permanece avaro; ao orgulhoso, se está sempre cheio de si
mesmo; ao invejoso, se está sempre com inveja? Todos os homens poderiam então
crer nas manifestações e a Humanidade permanecer estacionária. Mas, tais não
são os desígnios de Deus.
Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns, Item 350.
Assim como o Cristo
disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, o Espiritismo também diz:
“Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução”. Nada ensina em
contrário ao que ensinou o Cristo; porém, desenvolve, completa e explica, em
termos claros e para toda gente, o que foi dito antes apenas sob forma alegórica.
Ele vem cumprir, pois, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das
coisas futuras. Ele é, portanto, obra do Cristo, que preside, conforme
igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na
Terra.
Allan Kardec- O Evangelho
Segundo o Espiritismo, Capítulo I, item 7.
“Sim, e eles os
dão de boa vontade, quando é a simpatia que dita o pedido, ou o desejo de lhes
ser útil, e não a simples curiosidade.”
Allan Kardec. O livro
dos médiuns, cap. XXVI, item 292.
Desde pequenina, a
criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência
anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do
egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores
do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes
profundas. Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à
medida que os vê apontar na árvore. Se deixarem se desenvolvam o egoísmo e o
orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão. Quando os
pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não
alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar
tranquila a consciência.
Santo A gostinho – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XIV – Honrai a vosso pai e vossa mãe
» Instruções dos Espíritos » A ingratidão dos filhos e os laços de família,
item 9.
“São
recordações vagas e intuitivas do que o Espírito aprendeu em seus momentos de
liberdade e algumas vezes avisos ocultos dados por Espíritos benévolos”.
Allan Kardec. O Que É
o Espiritismo, cap. III, item 138.
“Se se
considera agora que os pensamentos atraem os pensamentos da mesma natureza, que
os fluidos atraem os fluidos similares, compreende-se que cada indivíduo conduz
consigo um cortejo de Espíritos simpáticos, bons ou maus, e que assim o ar está
saturado de fluidos em relação com os pensamentos predominantes. Se os maus
pensamentos estão em minoria, eles não impedirão as boas influências de se
produzirem, mas as paralisam. Se eles dominam, enfraquecem a irradiação
fluídica dos bons Espíritos, ou mesmo por vezes, impedem os bons fluídos de
penetrar nesse meio, como o nevoeiro enfraquece ou detém os raios do sol”.
Allan Kardec. Revista
Espírita, maio de 1867.
A Terra oferece,
pois, um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas
revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para
Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao mesmo
tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e
árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da
inteligência.
(Allan Kardec – O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. III, item 15, Santo Agostinho).
É a universalidade do
ensino dos Espíritos. Aí é que reside a força do Espiritismo e, também, a causa
de sua rápida propagação. Enquanto a palavra de um só homem, mesmo com o
concurso da imprensa, levaria séculos para chegar ao conhecimento de todos,
milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente em todos os recantos do
planeta, proclamando os mesmos princípios e transmitindo-os aos mais
ignorantes, como aos mais doutos, a fim de que não haja deserdados.
(Allan Kardec- O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução, item II.)
A inteligência está
longe de ser um indício certo de superioridade, porquanto a inteligência e a
moral nem sempre andam emparelhadas. Pode um Espírito ser bom, afável, e ter
conhecimentos limitados, ao passo que outro, inteligente e instruído, pode ser
muito inferior em moralidade.
Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns » 265.
– A bondade e a
afabilidade são atributos essenciais dos Espíritos depurados. Não têm ódio, nem
aos homens, nem aos outros Espíritos. Lamentam as fraquezas, criticam os erros,
mas sempre com moderação, sem fel e sem animosidade. Admita-se que os Espíritos
verdadeiramente bons não podem querer senão o bem e dizer senão coisas boas e
se concluirá que tudo o que denote, na linguagem dos Espíritos, falta de
bondade e de benevolência não pode emanar de um bom Espírito.
Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns » Segunda parte – Das manifestações espíritas » Capítulo XXIV
– 264.
“Atuando esses
fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo
material com que se acha em contato molecular. Se os eflúvios são de boa
natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é
penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar
desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades”.
Allan Kardec. A Gênese, cap. XIV, item 18.
As imperfeições
morais do homem pertencem ao Espírito e não ao corpo. É um erro acreditar que
os Espíritos, deixando o corpo material, recebem logo a luz da verdade. Seu
progresso faz-se gradualmente e, algumas vezes, com muita lentidão. É, assim,
um princípio elementar do Espiritismo que existem Espíritos de todos os graus
de inteligência e moralidade.
Allan Kardec – O que
é o Espiritismo, Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 106.
O orgulho é, no dizer
de São Luís, semelhante ao joio que afoga o bom grão. Quem se julga mais que
seu irmão é insensato. Após ter dito isso, o instrutor espiritual advertiu:
“Soberbo, humilha-te; porque a mão do Senhor curvará o teu orgulho até a
poeira! Tuas riquezas e tuas grandezas, vaidades do nada, escaparão de tuas
mãos quando vier o grande dia. Não levarás de tuas riquezas mais que as tábuas
do esquife; e os títulos gravados na lápide funerária serão palavras vazias de
sentido.”
Allan Kardec –
Revista Espírita de 1858, pp. 137 e 138. Com base na tradução de Júlio Abreu
Filho publicada pela EDICEL.
Os Espíritos hipócritas
quase sempre são muito inteligentes, mas nenhuma fibra sensível possuem no
coração; nada os toca; simulam todos os bons sentimentos para captar a
confiança, e felizes se sentem quando encontram tolos que os aceitam como
santos Espíritos, pois que possível se lhes torna governá-los à vontade.O nome
de Deus, longe de lhes inspirar o menor temor, serve-lhes de máscara para
encobrirem suas torpezas. No mundo invisível, como no mundo visível, os
hipócritas são os seres mais perigosos, porque atuam na sombra, sem que ninguém
disso desconfie; têm apenas as aparências da fé, mas fé sincera, jamais.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII -» prefácio – 75.
“A imperfeição
dos Espíritos que aqui se encarnam, é a origem do mal na Terra; quanto à
predominância deste, provém da inferioridade do planeta, cujos habitantes são,
na maioria, Espíritos inferiores ou que pouco têm progredido. Em mundos mais
adiantados, onde só encarnam Espíritos depurados, o mal não existe ou está em
minoria”.
Allan Kardec. O Que É
o Espiritismo, cap. III, item 131.
O Espiritismo veio
completar nesse ponto, como em vários outros, o ensino do Cristo. Com o Espiritismo,
a vida futura deixa de ser simples artigo de fé, mera hipótese; torna-se uma
realidade material, que os fatos demonstram.
(Allan Kardec – O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. II, item 3)
Os flagelos
destruidores apenas destroem corpos, não atingem o Espírito; ativam o movimento
de vaivém entre o mundo corporal e o mundo espiritual e, por conseguinte, o
movimento progressivo dos Espíritos encarnados e desencarnados. É de notar-se
que em todas as épocas da História, às grandes crises sociais se seguiu uma era
de progresso.
Allan Kardec. A
Gênese, são chegados os tempos, item 33.
O que uma reunião
séria deve se propor como objetivo é livrar-se dos Espíritos mentirosos. Ela
estaria em erro ao considerar-se livre deles tão somente pela sua finalidade e
pela qualidade dos seus médiuns. Só o conseguirá quando houver criado para si
mesma as condições favoráveis. Para bem compreender o que se passa nestas
circunstâncias remetermos o leitor ao que dissemos atrás, no nº 231, sobre a
influência do meio. É necessário representar cada indivíduo como cercado por um
certo número de companheiros invisíveis que se identificam com o seu caráter,
os seus gostos e as suas tendências. Assim, toda pessoa que entre numa reunião
leva consigo os Espíritos que lhes são simpáticos. Segundo o seu número e a sua
natureza, esses companheiros podem exercer sobre a reunião e sobre as
comunicações uma influência boa ou má. Uma reunião perfeita seria aquela em que
todos os membros, animados do mesmo amor pelo bem, só levassem consigo
Espíritos bons. Na falta da perfeição, a melhor reunião será aquela em que o
bem supere o mal. Tudo isso é muito lógico para que seja necessário insistir.
Livro dos médiuns 330
– Allan Kardec
“O nosso mundo
pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados
e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa humanidade são a
consequência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo
contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos
outros”.
Allan Kardec. O Que é
O Espiritismo, cap. III, item 132.
Formam famílias os
Espíritos que a semelhança dos gostos, a identidade do progresso moral e a afeição
induzem a reunir-se. Esses mesmos Espíritos, em suas migrações terrenas, se
buscam, para se gruparem, como o fazem no espaço, originando-se daí as famílias
unidas e homogêneas. Se, nas suas peregrinações, acontece ficarem
temporariamente separados, mais tarde tornam a encontrar-se, venturosos pelos
novos progressos que realizaram.
Santo A gostinho – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XIV – Honrai a vosso pai e vossa mãe
» Instruções dos Espíritos » A ingratidão dos filhos e os laços de família,
item 9.
Do mesmo modo que as
doenças resultam das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às
influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma
imperfeição moral, que dá acesso a um Espírito mau.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII – Coletânea de preces
espíritas » V -» Pelos obsidiados – item 81.
As provas rudes,
ouvi-me bem, são quase sempre indício de um fim de sofrimento e de um
aperfeiçoamento do Espírito, quando aceitas com o pensamento em Deus. É um
momento supremo, no qual, sobretudo, cumpre ao Espírito não falir murmurando,
se não quiser perder o fruto de tais provas e ter de recomeçar. Em vez de vos
queixardes, agradecei a Deus o ensejo que vos proporciona de vencerdes, a fim
de vos deferir o prêmio da vitória. Então, saindo do turbilhão do mundo
terrestre, quando entrardes no mundo dos Espíritos, sereis aí aclamados como o
soldado que sai triunfante da refrega.
Santo Agostinho – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XIV – Honrai a vosso pai e vossa mãe
» Instruções dos Espíritos » A ingratidão dos filhos e os laços de família,
item 9.
Os Espíritos maus
pululam em torno da Terra, em virtude da inferioridade moral de seus
habitantes. A ação malfazeja que eles desenvolvem faz parte dos flagelos com
que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão, como as enfermidades e
todas as tribulações da vida, deve ser considerada prova ou expiação e como tal
aceita.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII – Coletânea de preces
espíritas » V -» Pelos obsidiados – item 81.
Nos mundos que
chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material são
muitíssimo diversas da vida na Terra. Como em toda parte, a forma corpórea é
sempre a forma humana, mas aperfeiçoada, embelezada e, sobretudo, purificada. O
corpo não tem nada da materialidade terrestre e, por isso, não está sujeito às
necessidades e às doenças ou deteriorações que a predominância da matéria
provoca.
(Allan Kardec – O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. III, item 9)
Ressalta do que fica
dito um ensinamento de grande alcance: que as imperfeições morais dão azo à
ação dos Espíritos obsessores e que o mais seguro meio de a pessoa se livrar
deles é atrair os bons pela prática do bem. Sem dúvida, os bons Espíritos têm
mais poder do que os maus, e a vontade deles basta para afastar estes últimos;
eles, porém, só assistem os que os secundam pelos esforços que fazem por
melhorar-se, sem o que se afastam e deixam o campo livre aos maus, que se
tornam assim, em certos casos, instrumentos de punição, visto que os bons
permitem que ajam para esse fim.
Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns » n.252.
Os meios de se
combater a obsessão variam conforme o caráter que apresenta. Na
obsessão simples, duas coisas essenciais devem ser feitas: 1a – provar ao
Espírito que não somos seus joguetes e que lhe é impossível enganar-nos; 2a –
cansar sua paciência, mostrando-nos mais pacientes do que ele; se ele estiver
bem convencido de que perde seu tempo, acabará por retirar-se, como fazem os
importunos a quem não damos ouvidos. O médium ou a vítima da obsessão deve,
além disso, fazer um apelo fervoroso a seu protetor espiritual, assim como aos
bons Espíritos que lhe são simpáticos e rogar-lhes que o assistam. É
conveniente também interromper toda comunicação, desde que reconheçamos que ela
provém de um mau Espírito, a fim de não lhe dar o prazer de ser ouvido. Quanto
ao Espírito obsessor, por pior que ele seja, é preciso tratá-lo com severidade,
mas com benevolência, e vencê-lo pelos bons modos, orando por ele.
Moralizando-se, acabará por se corrigir: é uma conversão a empreender, tarefa
penosa, ingrata, desencorajadora mesmo, mas cujo mérito reside na dificuldade e
na satisfação, se bem cumprida, de se ter trazido ao bom caminho uma alma
perdida.
Na fascinação, é preciso convencer
o médium ou o indivíduo obsidiado de que ele está iludido, transformando sua
obsessão num caso de obsessão simples, o que nem sempre é tarefa fácil, se não
for mesmo algumas vezes impossível. Não se pode, com efeito, curar um doente
que se obstina em conservar sua doença e nisso se compraz. O fascinado recebe
muito mal os conselhos; a crítica o ofende e irrita, e todos que não lhe
partilham a admiração lhe caem em antipatia.
Na subjugação
corporal, como já foi dito, é preciso a intervenção de uma terceira pessoa,
que exercerá um predomínio sobre o obsessor. Mas como este predomínio não pode
ser senão moral, é dado apenas a uma pessoa moralmente superior ao Espírito
exercê-lo, e seu poder será tanto maior quanto maior seja sua superioridade
moral. Nesse caso, a ação magnética de um bom magnetizador pode vir utilmente
em auxílio do obsidiado. De resto, é sempre bom tomar, por um médium seguro,
conselhos de um Espírito superior ou de seu protetor espiritual. Em suma, é
preciso entender que não existe nenhum processo material, sobretudo nenhuma
fórmula, nenhuma palavra sacramental que tenha o poder de expulsar os Espíritos
obsessores.
(Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns, Itens 249 a 251)
Os homens correm por
alcançar os bens terrestres, como se os fossem guardar para sempre. Aqui,
porém, todas as ilusões desaparecem e cedo percebem que apenas apanharam uma
sombra e desprezaram os únicos bens reais e duradouros que lhes aproveitam na
morada celeste.
(Allan Kardec – O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. II, item 8, uma Rainha de França)
P&R: Deve o
espírita calar-se diante de erros cometidos, por exemplo, em reuniões de cunho
espírita?
Se mau rumo a reunião
tomar, dir-se-á, não terão as pessoas sensatas e bem-intencionadas, a ela
presentes, o direito de crítica; deverão deixar que o mal passe, sem dizerem
palavra, e aprovar tudo pelo silêncio? Sem nenhuma dúvida, esse direito lhes
assiste: é mesmo um dever que lhes corre. Mas, se boa intenção os anima, eles
emitirão suas opiniões, guardando todas as conveniências e com cordialidade,
francamente e não com subterfúgios. Se ninguém os acompanha, retiram-se,
porquanto não se concebe que quem não esteja procedendo com segundas intenções
se obstine em permanecer numa sociedade onde se façam coisas que considere
inconvenientes.
Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns » 337.
Além dos notoriamente
malignos, que se insinuam nas reuniões, há os que, pelo próprio caráter, levam
consigo a perturbação a toda parte aonde vão: nunca, portanto, será demasiada
toda a circunspeção, na admissão de elementos novos. Os mais prejudiciais,
nesse caso, não são os ignorantes da matéria, nem mesmo os que não creem: a
convicção só se adquire pela experiência e pessoas há que desejam esclarecer-se
de boa-fé. Aqueles, sobretudo, contra os quais maiores precauções devem ser
tomadas, são os de sistemas preconcebidos, os incrédulos obstinados, que
duvidam de tudo, até da evidência; os orgulhosos que, pretendendo ter o
privilégio da luz infusa, procuram em toda parte impor suas opiniões e olham
com desdém para os que não pensam como eles. Não vos deixeis iludir pelo
pretenso desejo que manifestam de se instruírem. Mais de um encontrareis, que
muito aborrecido ficará se for constrangido a convir em que se enganou.
Guardai-vos, principalmente, desses peroradores insípidos, que querem sempre
dizer a última palavra, e dos que só se comprazem na contradição. Uns e outros
fazem perder tempo, sem nenhum proveito, nem mesmo para si próprios. Os
Espíritos não gostam de palavras inúteis.
Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns »338.
O concurso, nas
reuniões espíritas, de qualquer médium obsidiado ou fascinado ser-lhes-ia mais
nocivo do que útil; não devem elas, pois, aceitá-lo. Os médiuns obsidiados que
se recusam a reconhecer que o são, assemelham-se a esses doentes que se iludem
sobre a própria enfermidade e se perdem, por não se submeterem a um regime
salutar.
(Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns, Item 329)
Todos os homens são
médiuns, todos têm um Espírito que os dirige para o bem, quando sabem
escutá-lo.
Escutai essa voz interior, esse bom gênio, que incessantemente vos fala, e chegareis progressivamente a ouvir o vosso anjo guardião, que do alto dos céus vos estende as mãos. Repito: a voz íntima que fala ao coração é a dos bons Espíritos e é deste ponto de vista que todos os homens são médiuns.
Escutai essa voz interior, esse bom gênio, que incessantemente vos fala, e chegareis progressivamente a ouvir o vosso anjo guardião, que do alto dos céus vos estende as mãos. Repito: a voz íntima que fala ao coração é a dos bons Espíritos e é deste ponto de vista que todos os homens são médiuns.
(Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns, Cap. XXXI, item X, Channing)
A causas físicas se
opõem forças físicas; a uma causa moral, tem-se de opor uma força moral. Para
preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para isentá-lo da obsessão,
é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado
trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar
do obsessor, sem recorrer a terceiros. O auxílio destes se faz necessário,
quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque aí por vezes o
paciente perde a vontade e o livre-arbítrio.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII – Coletânea de preces
espíritas » V -» Pelos obsidiados – item 81.
No momento da morte
tudo se apresenta confuso. É-lhe preciso algum tempo para se reconhecer. O
tempo da perturbação sequente à morte é muito variável; pode ser de algumas
horas, como de muitos dias, meses e mesmo de muitos anos. Essa perturbação nada
tem de penosa para o homem de bem, mas é cheia de ansiedade e de angústias para
o indivíduo cuja consciência não é pura e amou mais a vida corporal que a
espiritual.
(Allan Kardec – O que
é o Espiritismo, capítulo III, itens 144, 145 e 153.)
Nos casos de obsessão
grave, o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de um fluido
pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É desse
fluido que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado
por outro fluido mau. Mediante ação idêntica à do médium curador nos casos de
enfermidade, cumpre se elimine o fluido mau com o auxílio de um fluido melhor,
que produz, de certo modo, o efeito de um reativo. Esta a ação mecânica, mas
que não basta; necessário, sobretudo, é que se atue sobre o ser inteligente, ao
qual importa se possa falar com autoridade, que só existe onde há superioridade
moral. Quanto maior for esta, tanto maior será igualmente a autoridade.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII – Coletânea de preces
espíritas » V -» Pelos obsidiados – item 81.
A obsessão é a ação
persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres
muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais
exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.
Oblitera todas as faculdades mediúnicas; traduz-se, na mediunidade escrevente,
pela obstinação de um Espírito em se manifestar, com exclusão de todos os
outros.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII – Coletânea de preces
espíritas » V -» Pelos obsidiados – item 81
.
Deus não dá prova
superior às forças daquele que a pede; só permite as que podem ser cumpridas.
Se tal não sucede, não é que falte possibilidade: falta a vontade. Com efeito,
quantos há que, em vez de resistirem aos maus pendores, se comprazem neles. A
esses ficam reservados o pranto e os gemidos em existências posteriores.
Santo A gostinho – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XIV – Honrai a vosso pai e vossa mãe
» Instruções dos Espíritos » A ingratidão dos filhos e os laços de família,
item 9.
Mas, oh! Muitas
dentre vós, em vez de eliminar por meio da educação os maus princípios inatos
de existências anteriores, entretêm e desenvolvem esses princípios, por uma
culposa fraqueza, ou por descuido, e, mais tarde, o vosso coração, ulcerado
pela ingratidão dos vossos filhos, será para vós, já nesta vida, um começo de
expiação.
Santo A gostinho – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XIV – Honrai a vosso pai e vossa mãe
» Instruções dos Espíritos » A ingratidão dos filhos e os laços de família,
item 9.
Admirai, no entanto,
a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Vem um dia em que
ao culpado, cansado de sofrer, com o orgulho afinal abatido, Deus abre os
braços para receber o filho pródigo que se lhe lança aos pés.
Santo A gostinho – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XIV – Honrai a vosso pai e vossa mãe
» Instruções dos Espíritos » A ingratidão dos filhos e os laços de família,
item 9.
Escribas era o nome
dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos
exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos doutores que
ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam para o povo. Faziam causa comum com
os Fariseus, de cujos princípios partilhavam, bem como da antipatia que eles
votavam aos inovadores.
Os Fariseus eram os
partidários de uma seita influente que teve por chefe Hillel, doutor judeu nascido
na Babilônia, fundador de uma escola célebre, onde se ensinava que só se devia
depositar fé nas Escrituras. Sua origem remonta a 180 ou 200 anos antes de
Jesus. Os fariseus, em diversas épocas, foram perseguidos, especialmente sob
Hircano – soberano pontífice e rei dos judeus -, Aristóbulo e Alexandre, rei da
Síria. Este último, porém, lhes deferiu honras e restituiu os bens, de sorte
que eles readquiriram o antigo poderio e o conservaram até à ruína de
Jerusalém, no ano 70 da era cristã, época em que se lhes apagou o nome, em
consequência da dispersão dos judeus. Servis cumpridores das práticas
exteriores do culto e das cerimônias, cheios de um zelo ardente de
proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de
princípios, mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes
dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação.
Tinham a religião mais como meio de chegar a seus fins do que como objeto de fé
sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação;
entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos
olhos passavam por santas criaturas. Acreditavam, ou pelo menos fingiam
acreditar na Providência, na imortalidade da alma, na eternidade das penas e na
ressurreição dos mortos.
Allan Kardec- O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução, item III.
Aquele, pois, que
sofre nesta vida pode dizer-se que é porque não se purificou suficientemente em
sua existência anterior, devendo, se o não fizer nesta, sofrer ainda na
seguinte. Isto é ao mesmo tempo equitativo e lógico. Sendo o sofrimento
inerente à imperfeição, tanto mais tempo se sofre quanto mais imperfeito se
for, da mesma forma por que tanto mais tempo persistirá uma enfermidade quanto
maior a demora em tratá-la. Assim é que, enquanto o homem for orgulhoso,
sofrerá as consequências do orgulho; enquanto egoísta, as do egoísmo.
Allan Kardec. O Céu e
o Inferno, o purgatório, item 5.
Submetendo todas as
comunicações a um exame escrupuloso, escrutando e analisando o pensamento e as
expressões como fazemos quando se trata de julgar uma obra literária,
rejeitando sem hesitar tudo o que peca contra a lógica e o bom senso, tudo o
que desminta o caráter do Espírito comunicante, desencorajamos os Espíritos
enganadores, que acabam por retirar-se, uma vez convencidos de que não podem
enganar. Este meio é único, porém infalível, porque não existe uma comunicação
má que possa resistir a uma crítica rigorosa.
(O Livro dos Médiuns,
item 266.)
Os Espíritos são
criados simples e ignorantes. Pela lei natural e de acordo com sua capacidade
evolutiva o Espírito possui o grau de liberdade para a escolha do caminho, se
escolher um caminho que não está solidário com a lei natural, estará praticando
o mal, assim, sua peregrinação será mais longa para atingir a perfeição. Mas
que não pense que será suficiente não praticar o mal, para ser agradável a
Deus, para assegurar uma situação melhor no futuro, é preciso fazer o bem, no
limite das próprias forças, pois cada um responderá por todo o mal que tiver
ocorrido por causa do bem que deixou de fazer.
Allan Kardec – O Livro
dos Espíritos, questões: 634 e 642.
A obsessão não
acontece senão pelo desejo dos Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os
bons Espíritos não usam de nenhum constrangimento; aconselham, combatem a
influência dos maus e, se não são ouvidos, retiram-se. Os maus, ao contrário,
agarram-se ao que lhes oferece facilidades; se conseguem dominar alguém,
identificam-se com seu Espírito e o conduzem como a uma verdadeira criança.
Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns, item 237.
O homem é dotado do
livre-arbítrio, que é uma conseqüência da justiça de Deus. Trata-se de um
atributo que eleva o homem acima de todas as outras criaturas. Se sua conduta
fosse sujeita à fatalidade, não haveria para ele responsabilidade do mal, nem
mérito do bem que pratica.
(Allan Kardec – O que
é o Espiritismo, capítulo III, item 128.)
As vicissitudes que
experimenta são, por sua vez, uma correção temporária e uma advertência quanto
às imperfeições que lhe cumpre eliminar de si, a fim de evitar males e
progredir para o bem. São para a alma lições da experiência, rudes às vezes,
mas tanto mais proveitosas para o futuro, quanto profundas as impressões que
deixam. Essas vicissitudes ocasionam incessantes lutas que lhe desenvolvem as
forças e as faculdades intelectivas e morais. Por essas lutas a alma se
retempera no bem, triunfando sempre que tiver denodo para mantê-las até ao fim.
Allan Kardec. O Céu e
o Inferno, cap. V, item 3.
Deus criou todos os
homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem
todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal
que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões,
não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência
de Deus, que quer que seus filhos, instruídos pela experiência comum, não
pratiquem o mal alegando ignorância de seus efeitos. Lázaro. (Paris, 1863)
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo XVII – Sede perfeitos » Instrução dos Espíritos » O
dever » item 7.
Os males da nossa
humanidade são a consequência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos
que a formam. Pelo contacto de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente
e punem-se uns aos outros.
(Allan Kardec – O que
é o Espiritismo, capítulo III, item 132.)
Pedir o homem
conselhos aos Espíritos não é entrar em entendimento com potências
sobrenaturais; é tratar com seus iguais, com aqueles mesmos a quem ele se
dirigiria neste mundo: a seus parentes, seus amigos, ou a indivíduos mais
esclarecidos do que ele.
Allan Kardec – A Gênese, cap. I, item 60.
Todos os homens podem
enganar-se, mas há grandeza em reconhecer os próprios erros, ao passo que há
mesquinhez em perseverar numa opinião que se sabe falsa, unicamente para
ostentar, aos olhos do vulgo, a supremacia da infalibilidade.
Allan Kardec –
Revista Espírita, julho de 1858 – Correspondência.
Criando imagens
fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num
espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. Tenha um homem, por
exemplo, a ideia de matar a outro: embora o corpo material se lhe conserve
impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos
os matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que intentou
praticar. O pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira é pintada, como
num quadro, tal qual se lhe desenrola no espírito.
Allan Kardec – A Gênese, cap. XIV, item 15.
Os fluidos ambientes
serão ali salubres ou insalubres, conforme os pensamentos dominantes forem bons
ou maus. Se os maus pensamentos forem em minoria, não impedirão que as boas
influências se produzam, pois estas os paralisam. Se predominarem,
enfraquecerão a radiação fluídica dos bons Espíritos ou mesmo impedirão que os
bons fluidos penetrem nesse meio, como o nevoeiro enfraquece ou detém os raios
do Sol. Podemos subtrair-nos a essas influências? Sem nenhuma dúvida, sim,
porque, do mesmo modo que saneamos os lugares insalubres, destruindo a fonte
dos miasmas pestilentos, podemos sanear a atmosfera moral que nos cerca e
subtrair-nos às influências perniciosas dos fluidos malsãos, unicamente com o
uso de nossa vontade. Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera
fluídica em cujo meio vive, porque lhe enviará somente bons fluidos, e estes
oporão uma barreira à invasão dos maus.
Allan Kardec –
Revista Espírita de 1867 , pp. 133 a 136. Tradução de Júlio Abreu Filho
publicada pela EDICEL.
Foi na cidade de
Bordeaux, França. Duas reuniões semanais eram, então, realizadas pela nova
entidade, fundada em junho de 1866. Às quintas-feiras, a sessão, de natureza
particular, era consagrada aos Espíritos obsessores e ao tratamento das doenças
por eles causadas. Aos sábados, a reunião era aberta com uma palestra sobre um
assunto espírita e encerrada por um ligeiro resumo, feito pelo presidente, que
podia retificar eventuais erros cometidos pelo palestrante. Depois de algum
tempo, a Sociedade decidiu fazer outra sessão semanal, aos domingos, às duas da
tarde, para o desenvolvimento de novos médiuns, quando se faziam exercícios de
escrita, tiptologia e magnetismo com grande sucesso.
Allan Kardec –
Revista Espírita de 1867, pp. 181 a 184. Tradução de Júlio Abreu Filho
publicada pela EDICEL.
Comentando a viagem
que fez às cidades de Tours, Orléans e Bordeaux por ocasião do Pentecostes,
onde mais de cem confrades de cidades diversas participaram de um encontro
realizado com ele em Bordeaux, Kardec destacou a seriedade com que nas
mencionadas cidades os confrades encaravam o Espiritismo. As consequências
morais da doutrina, o alívio do sofrimento do próximo e os conselhos de parte
dos instrutores e familiares desencarnados constituíam então o objetivo
exclusivo e preferido das reuniões espíritas, o que muito sensibilizou o
Codificador. Em seguida, referindo-se aos numerosos exemplos de transformação
moral operada pela doutrina, ele disse que, em que pese o valor da fé, a crença
sem a prática é letra morta. Foi com alegria que ele contou, então, haver
encontrado em sua viagem um bom número de espíritas de coração, que poderiam
ser considerados completos, se fosse dado ao homem ser completo no que quer que
fosse.
Allan Kardec –
Revista Espírita de 1867, pp. 197 a 200. Tradução de Júlio Abreu Filho
publicada pela EDICEL.
Sim. É o que diz um
amigo espiritual numa comunicação psicografada em 24 de março pelo Sr. Rul.
Segundo a mensagem, não há um só pensamento bom que não leve consigo frutos de
amor, de melhora e de progresso moral.
Allan Kardec –
Revista Espírita de 1867 , pp. 226 e 227.Tradução de Júlio Abreu Filho
publicada pela EDICEL.
As tribulações podem
ser impostas a Espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, para levá-los
a fazer uma escolha com conhecimento de causa. Os Espíritos penitentes, porém,
desejosos de reparar o mal que hajam feito e de proceder melhor, as escolhem
livremente. Tal o caso de alguém que, havendo desempenhado mal sua tarefa, pede
que lhe deixem recomeçá-la, para não perder o fruto do seu trabalho.
(O Evangelho segundo
o Espiritismo, capítulo V, item 8.)
De duas espécies são
as vicissitudes da vida. Umas têm sua causa na atual existência; outras, fora
dela. Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos
são consequência natural do caráter e do proceder dos que os suportam. Há,
contudo, males aos quais, pelo menos na aparência, o indivíduo é completamente
estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade, tais por exemplo a perda
de entes queridos e a dos que são o amparo da família, os acidentes que nenhuma
previsão poderia impedir, os reveses da fortuna, os flagelos naturais, as
enfermidades de nascença. No entanto, em virtude do axioma segundo o qual todo
efeito tem uma causa, tais males são efeitos que hão de ter uma causa e, desde
que se admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Como a causa
precede o efeito, se ela não se encontra na atual existência, há de ser
anterior a ela, isto é, há de estar numa existência precedente.
(O Evangelho segundo
o Espiritismo, capítulo V, itens 4 e 6; ver também o item 21 do cap. VIII.)
A Terra pertence à
categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a
braços com tantas misérias. Faria dos habitantes de uma grande cidade
falsíssima ideia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais
íntimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa
penitenciária, veem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões
insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e enfermiços.
Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciária,
um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que
as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os
que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal
praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de
deleite.
Ora, assim como numa
cidade a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na
Terra não está a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os
que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra,
quando está curado de suas enfermidades morais. O planeta em que vivemos esteve
material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará
sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele se aproxima de um dos seus
períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de
regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus.
(O Evangelho segundo
o Espiritismo, capítulo III, itens 4, 6, 7 e 19.)
“Como pode um
homem de coração conservar-se frio a essa ideia? Como não o gela de terror a
ideia de um aniquilamento absoluto e não lhe faz, ao menos, desejar que não
seja assim? Se até hoje não lhe foi suficiente a razão para afastar de seu
espírito quaisquer dúvidas, aí está o Espiritismo a dissipar toda incerteza com
relação ao futuro, por meio das provas materiais que dá da sobrevivência da
alma e da existência dos seres de além-túmulo. Tanto assim é que por toda a
parte essas provas são acolhidas com júbilo; a confiança renasce, pois que o
homem doravante sabe que a vida terrestre é apenas uma breve passagem
conducente a melhor vida; que seus trabalhos neste mundo não lhe ficam perdidos
e que as mais santas afeições não se despedaçam sem mais esperanças”.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, item 62.
Deus assiste os que
se ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu te
ajudará”, mas não assiste os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer
uso das faculdades que possui.
(Allan Kardec – O
evangelho segundo o espiritismo, – Cap. XXVII, item 7.)
“Segundo os
pensamentos que dominam num encarnado, ele irradia raios impregnados desses
mesmos pensamentos que os viciam ou os saneiam, fluidos realmente materiais,
embora impalpáveis, invisíveis para os olhos do corpo, mas perceptíveis para os
sentidos perispirituais, e visíveis para os olhos da alma, uma vez que
impressionam fisicamente e tomam aparências muito diferentes para aqueles que
estão dotados da visão espiritual”.
Allan Kardec. Revista
Espírita, maio de 1867.
Quem quer que se
eleve acima do nível comum está sempre em luta com o ciúme e a inveja. Os que
se sentem incapazes de chegar à altura em que aquele se encontra esforçam-se
para rebaixá-lo, por meio da difamação, da maledicência e da calúnia; tanto
mais forte gritam, quanto menores se acham, crendo que se engrandecem e o
eclipsam pelo arruído que promovem. Tal foi e será a História da Humanidade,
enquanto os homens não houverem compreendido a sua natureza espiritual e
alargado seu horizonte moral. Por aí se vê que semelhante preconceito é próprio
dos espíritos acanhados e vulgares, que tomam suas personalidades por ponto de
aferição de tudo.
Allan Kardec. A Gênese, cap. XVII, item 2.
“Os bons vão a
toda parte e assim deve ser, para que possam influir sobre os maus. As regiões,
porém, que os bons habitam estão interditadas aos Espíritos imperfeitos, a fim
de que não as perturbem com suas paixões inferiores.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, questão 279.
Uma vez que no meio
dos Espíritos se encontram todos os caprichos da humanidade, não podem deixar
de existir entre eles os ardilosos e os mentirosos; alguns não têm o menor
escrúpulo de se apresentar sob os mais respeitáveis nomes, com o fim de
inspirarem mais confiança. Devemos, pois, abster-nos de crer de um modo
absoluto na autenticidade de todas as assinaturas de Espíritos.
Allan Kardec. O Que É
o Espiritismo, cap. II, item 93.
Resisti com energia à
melancolia, à vaga tristeza que se apodera, às vezes, dos vossos corações e vos
leva a considerar amarga a vida. São inatas no espírito dos homens as
aspirações por um mundo melhor, mas não as busqueis neste mundo.
(ESE – Cap. V, item
25, François de Geneve)
[…] “os elogios
não se dirigem à nossa pessoa, ou, pelo menos, não os tomamos para nós, de modo
que transferimos a honra aos guias espirituais que bondosamente nos dirigem.
Não poderíamos, pois, prevalecer-nos do mérito que se possa encontrar em nossos
trabalhos; aceitamos os elogios não como sinal de nosso valor pessoal, mas como
uma consagração à obra que empreendemos, obra que esperamos levar a bom termo
com a ajuda de Deus, pois ainda não estamos no fim e o mais difícil ainda não
está feito”. – Kardec
Allan Kardec. Revista
Espírita, abril de 1861.
Certamente Deus não
derroga suas leis a pedido nosso, pois de outro modo seria a negação de um de seus
atributos, que é a imutabilidade; mas a prece age principalmente sobre aquele
que constitui o seu objeto; é, em primeiro lugar, um testemunho de simpatia e
de comiseração que se lhe dá e que, por isso mesmo, faz com que a sua pena lhe
pareça menos pesada; em segundo lugar, tem por efeito ativo estimular o
Espírito ao arrependimento de suas faltas, inspirando-lhe o desejo de as
reparar pela prática do bem.
Allan Kardec. Revista
Espírita, junho de 1861.
Como desencarnados,
quando pairáveis no Espaço, escolhestes as vossas provas, julgando-vos bastante
fortes para as suportar. Por que agora murmurar? Vós, que pedistes a riqueza e
a glória, queríeis sustentar luta com a tentação e vencê-la. Vós, que pedistes
para lutar de corpo e espírito contra o mal moral e físico, sabíeis que quanto
mais forte fosse a prova, tanto mais gloriosa a vitória!
(ESE – Cap. V, item
19, Santo Agostinho)
Segundo a ideia
falsíssima de que lhe não é possível reformar sua própria natureza, o homem se
julga dispensado de fazer esforços para se corrigir dos defeitos nos quais se
compraz voluntariamente, ou que exigiriam muita perseverança. É assim, por
exemplo, que o indivíduo propenso a encolerizar-se, quase sempre se desculpa
com o seu temperamento. Em vez de se confessar culpado, lança a culpa sobre a
sua organização, acusando a Deus, dessa forma, de suas próprias faltas. É ainda
uma consequência do orgulho que se encontra de permeio a todas as suas
imperfeições.
Evangelho Segundo o
Espiritismo. Cap. 09, item 10.
“Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a
vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, questão 909.
[…] “as
imperfeições morais do médium, aproximando-o da natureza dos maus Espíritos,
tiram-lhe a influência necessária para afastá-los de si; em vez de se impor,
sofre a imposição destes.Isto não só se aplica aos médiuns, como também a todos
indistintamente, visto que ninguém há que não esteja sujeito à influência dos
Espíritos. ”
Allan Kardec. O que é
o Espiritismo, cap. II, item 85.
O Espiritismo não
institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a
prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou
vacilam. O verdadeiro espírita e o cristão verdadeiro são uma única e mesma
coisa.
(ESE – Cap. XVII,
item 4)
“Poderias
também perguntar por que permite Deus que os homens mintam e blasfemem. Os
Espíritos, assim como os homens, têm o seu livre-arbítrio para o bem, tanto
quanto para o mal; porém, nem a uns nem a outros a justiça de Deus deixará de
atingir. ”
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, cap. XXIV, item 268.
“A do justo,
como bem-amado irmão, desde muito tempo esperado. A do mau, como um ser
desprezível.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, questão 287.
“Toda virtude
tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há
virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores.
A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo
bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais
desinteressada caridade.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, 893.
Médiuns interesseiros
não são unicamente os que poderiam exigir uma retribuição material; o interesse
nem sempre se traduz na esperança de um ganho material mas, também, nas
ambições de qualquer natureza, sobre as quais pode fundar-se a esperança
pessoal; é ainda uma anomalia de que os Espíritos zombeteiros sabem muito bem
aproveitar, e com uma destreza e uma desfaçatez verdadeiramente notáveis,
embalando enganadoras ilusões aqueles que assim se colocam sob sua dependência.
Em resumo, a mediunidade é uma faculdade dada para o bem e os Espíritos bons se
afastam de quem quer que pretenda transformá-la em trampolim para alcançar seja
o que for que não corresponda aos desígnios da Providência.
Allan Kardec. Revista
Espírita, março 1859.
Em geral, o homem
apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade para a sua felicidade
futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as
dores de uma operação que lhe trará a cura.
(Allan Kardec – ESE – Cap. XXVII, item 7.)
“Todos tendes
más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar; tendes um
fardo mais ou menos pesado a depor para escalar o cume da montanha do
progresso”. Dufétre – Bispo de Nevers, Bordeaux
Allan Kardec – O
evangelho segundo o espiritismo, Cap. X, item 18.
Sabíamos muito bem
que, empunhando abertamente o estandarte das ideias de que nós fizemos
propagadores e afrontando preconceitos, atrairíamos inimigos, sempre prontos a
desferir dardos envenenados contra quem quer que levante a cabeça e se ponha em
evidência. Há, entretanto, uma diferença capital entre eles e nós: não lhes
desejamos o mal que nos procuram fazer, porque compreendemos a fragilidade
humana e é somente nisso que a eles nos julgamos superior; nós nos rebaixamos
pela inveja, pelo ódio, pelo ciúme e por todas as paixões mesquinhas, mas nos
elevamos pelo esquecimento das ofensas: eis a moral Espírita.
Allan Kardec. Revista
Espírita, março de 1859.
Pedindo-lhe que
perdoe as vossas transgressões, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para
não reincidirdes nelas, é a força de que necessitais para enveredar por outras
sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento
a reparação.- João, bispo de Bordéus. (1862.)
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo X – Bem-aventurados os que são misericordiosos »
Instruções dos Espíritos » A indulgência » 17.
“4º Como os
homens, os Espíritos são julgados pela sua linguagem. Toda expressão, todo
pensamento, toda máxima, toda teoria moral ou científica que choque o bom-senso
ou não corresponda à ideia que fazemos de um Espírito puro e elevado, procede
de um Espírito mais ou menos inferior.”
Allan Kardec. Revista
Espírita, outubro de 1858.
“Os bons vão a
toda parte e assim deve ser, para que possam influir sobre os maus. As regiões,
porém, que os bons habitam estão interditadas aos Espíritos imperfeitos, a fim
de que não as perturbem com suas paixões inferiores.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, questão 279.
É inata no homem a
ideia da perpetuidade do ser espiritual; essa ideia se acha nele em estado de
intuição e de aspiração. O homem compreende que somente aí está a compensação
às misérias da vida. Essa a razão por que sempre houve e haverá cada vez mais
espiritualistas do que materialistas e mais devotos do que ateus.
A Gênese » A Gênese »
Capítulo XI – Gênese espiritual » Princípio espiritual » 4.
“Se delas
fizerem mau uso, serão punidos duplamente, porque têm um meio a mais de se
esclarecerem e o não aproveitam. Aquele que vê claro e tropeça é mais
censurável do que o cego que cai no fosso.” – Erasto.
Trecho de: Allan
Kardec. O Livro dos Médiuns, cap. XX, item 226.
“Perfeitamente
e as revelações desta espécie são um grande ensinamento para vós outros,
porquanto vos iniciam no conhecimento da verdadeira natureza das penas e das
recompensas futuras. Destruindo as falsas ideias que hajais formado a tal
respeito, elas tendem a reanimar a vossa fé e a vossa confiança na bondade de
Deus. Os bons Espíritos se sentem felizes em vos descreverem a felicidade dos
eleitos; os maus podem ser constrangidos a descrever seus sofrimentos, a fim de
que o arrependimento os ganhe. Nisso encontram eles, às vezes, até uma espécie
de alívio: é o desgraçado que se lamenta, na esperança de obter compaixão Trecho de: Allan
Kardec. O Livro dos Médiuns, cap. XVI, item 292.
“Sem dúvida,
podem fazê-lo e algumas vezes o fazem. Mas, permitindo a luta, deixam ao
atacado o mérito da vitória. Se consentem que se debatam criaturas que, sob
certos aspectos, têm seus merecimentos, é para lhes experimentar a perseverança
e para levá-las a adquirir mais força no campo do bem. A luta é uma espécie de
ginástica moral.”
Obras Póstumas, item
58.
O homem, pois, em
grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez
de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar
a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é
apenas a sua incúria.
Allan Kardec. O
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 4.
“À medida que
progride moralmente, o Espírito se desmaterializa, isto é, depura-se, com o
subtrair-se à influência da matéria; sua vida se espiritualiza, suas faculdades
e percepções se ampliam; sua felicidade se torna proporcional ao progresso
realizado.”
Trecho de: Allan
Kardec. A gênese, cap. XI, item 26.
“ De nós
depende a nossa melhoria, pois todo aquele que se acha no gozo de suas
faculdades tem, com relação a todas as coisas, a liberdade de fazer ou de não
fazer. Para praticar o bem, de nada mais precisa senão do querer”.
Allan Kardec – O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.XXVIII, item 18.
Suponhamos agora duas
pessoas próximas, cada qual envolvida – que nos permitam o neologismo – por sua
atmosfera perispiritual. Esses dois fluidos põem-se em contato e se
interpenetram; se forem de natureza antipática, repelem-se e os dois indivíduos
sentirão uma espécie de mal-estar ao se aproximarem um do outro, sem disso se
darem conta; se, ao contrário, forem movidos por sentimentos de benevolência,
terão um pensamento benevolente, que atrai. Tal a causa pela qual duas pessoas
se compreendem e se adivinham sem se falarem.
Allan Kardec. Revista
Espírita, dezembro de 1862.
“São as do
Espírito nele encarnado. Quanto mais puro é esse Espírito, tanto mais propenso
ao bem é o homem.”
361. a) — Seguir-se-á
daí que o homem de bem é a encarnação de um bom Espírito e o homem vicioso a de
um Espírito mau?
“Sim, mas, dize antes
que o homem vicioso é a encarnação de um Espírito imperfeito, pois, do
contrário, poderias fazer crer na existência de Espíritos sempre maus, a que
chamais demônios.”
Allan Kardec. Livro
dos Espíritos, questão 361 e 361-a.
“Ocupa-te com
zelo e perseverança do trabalho que empreendeste com o nosso concurso, pois
esse trabalho é nosso. Nele pusemos as bases do novo edifício que se eleva e
que um dia há de reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e
caridade. Mas, antes de o divulgares, revê-lo-emos juntos, a fim de lhe
verificarmos todas as minúcias.
O Livro dos Espíritos
» Prolegômenos
A censura lançada à
conduta de outrem pode obedecer a dois móveis: reprimir o mal, ou desacreditar
a pessoa cujos atos se criticam. Não tem escusa nunca este último propósito,
porquanto, no caso, então, só há maledicência e maldade. O primeiro pode ser
louvável e constitui mesmo, em certas ocasiões, um dever, porque um bem deverá
daí resultar, e porque, a não ser assim, jamais, na sociedade, se reprimiria o
mal. Não cumpre, aliás, ao homem auxiliar o progresso do seu semelhante?
Importa, pois, não se tome em sentido absoluto este princípio: “Não julgueis se
não quiserdes ser julgado”, porquanto a letra mata e o espírito vivifica.
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo X – Bem-aventurados os que são misericordiosos » Não
julgueis, para não serdes julgados – Atire a primeira pedra aquele que estiver
sem pecado » 13.
Há um fluido etéreo
que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica
primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que
presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que
regem o mundo. Essas múltiplas forças, indefinidamente variadas segundo as
combinações da matéria, localizadas segundo as massas, diversificadas em seus
modos de ação, segundo as circunstâncias e os meios, são conhecidas na Terra
sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração,magnetismo, eletricidade
ativa.
A Gênese » A Gênese »
Capítulo VI – Uranografia geral » As leis e as forças » 10.
Deus não dá prova
superior às forças daquele que a pede; só permite as que podem ser cumpridas.
Se tal não sucede, não é que falte possibilidade: falta a vontade. Com efeito,
quantos há que, em vez de resistirem aos maus pendores, se comprazem neles.
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo XIV – Honrai a vosso pai e vossa mãe » Instruções dos
Espíritos.
“O egoísmo e o
orgulho nascem de um sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os
instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porquanto Deus nada pode ter
feito inútil. Ele não criou o mal; o homem é quem o produz, abusando dos dons
de Deus, em virtude do seu livre-arbítrio. Contido em justos limites, aquele
sentimento é bom em si mesmo. A exageração é o que o torna mau e pernicioso. O
mesmo acontece com todas as paixões que o homem frequentemente desvia do seu
objetivo providencial.”
Trecho de: Allan Kardec.
Obras Póstumas, o egoísmo e o orgulho.
.
“Certamente. Os
bons Espíritos jamais recusam auxílio aos que os invocam com confiança,
principalmente no que concerne à alma. Repelem, porém, os hipócritas, os que
simulam pedir a luz e se comprazem nas trevas .”
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, cap. XVI, item 291.
Para as novas coisas,
disse Kardec, são necessários termos novos; assim o exige a clareza. Foi por
isso que ele adotou os vocábulos espírita e Espiritismo, que exprimem, sem
equívoco, as idéias relativas aos Espíritos. Todo espírita é espiritualista,
mas nem todos os espiritualistas são espíritas.
(Allan Kardec – O que
é o espiritismo, capítulo I, Segundo Diálogo, págs. 66 e 67.)
“Se uma
assembleia for composta de pessoas animadas de maus sentimentos, o ar ambiente
será saturado com o fluido impregnado de seus sentimentos. Daí, para as almas
boas, um mal-estar moral análogo ao mal-estar físico causado pelas emanações
mefíticas: a alma fica asfixiada. Se, ao contrário, as pessoas tiverem
intenções puras, encontramo-nos em sua atmosfera como se estivéssemos num ar
vivificante e salubre. Naturalmente o efeito será o mesmo num ambiente repleto
de Espíritos, conforme sejam bons ou maus.”
Allan Kardec. Revista
Espírita, dezembro de 1862.
“Somente as
religiões estacionárias podem temer as descobertas da Ciência, as quais
funestas só o são às que se deixam distanciar pelas ideias progressistas,
imobilizando-se no absolutismo de suas crenças. Elas, em geral, fazem tão mesquinha
ideia da Divindade, que não compreendem que assimilar as leis da Natureza, que
a Ciência revela, é glorificar a Deus em suas obras. Na sua cegueira, porém,
preferem render homenagem ao Espírito do mal, atribuindo-lhe essas leis. Uma
religião que não estivesse, por nenhum ponto, em contradição com as leis da
Natureza, nada teria que temer do progresso e seria invulnerável.”
Trecho de: Allan
Kardec. A gênese, cap. IV, item 10.
“Não,
porquanto, se ele ainda está sob a influência da matéria, pode ter os vossos
vícios e prejuízos. Há pessoas que, neste mundo, são excessivamente invejosas e
orgulhosas; julgais que, apenas o deixam, perdem esses defeitos? Após a partida
daqui, os Espíritos, sobretudo os que alimentaram paixões bem marcadas,
permanecem envoltos numa espécie de atmosfera que lhes conserva todas as coisas
más de que se impregnaram.”
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, da identidade dos Espíritos, item 268, 2ª questão.
Os motivos são
vários. Em primeiro lugar, sabemos que a maldade não é um estado permanente dos
homens; que ela decorre de uma imperfeição temporária e que, assim como a
criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau reconhecerá um dia os seus
erros e se tornará bom. Em segundo lugar, também sabemos que a morte apenas nos
livra da presença material de nosso inimigo, porque este poderá perseguir-nos
com seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra; que, assim, a vingança que
tomemos falha ao seu objetivo, visto que, ao contrário, tem por efeito produzir
maior irritação, capaz de passar de uma existência a outra.
Não há coração tão
perverso que, mesmo a seu mau grado, não se mostre sensível ao bom proceder.
Mediante o bom procedimento, tira-se, pelo menos, todo pretexto às represálias,
podendo-se até fazer de um inimigo um amigo, antes e depois de sua morte. Com
um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui
instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não
perdoou.
(Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo,capítulo XII, itens 5 e 6.)
Se os homens se
amassem com mútuo amor, mais bem praticada seria a caridade; mas, para isso,
mister fora vos esforçásseis por largar essa couraça que vos cobre os corações,
a fim de se tornarem eles mais sensíveis aos sofrimentos alheios. A rigidez
mata os bons sentimentos; o Cristo jamais se escusava; não repelia aquele que o
buscava, fosse quem fosse: socorria assim a mulher adúltera, como o criminoso;
nunca temeu que a sua reputação sofresse por isso
O Evangelho segundo o
Espiritismo » Capítulo XI – Amar o próximo como a si mesmo » Instrução dos
Espíritos » O egoísmo » 12.
O orgulho, eis a
fonte de todos os vossos males. Aplicai-vos, portanto, em destruí-lo, se não
lhe quiserdes perpetuar as funestas consequências. Um único meio se vos oferece
para isso, mas infalível: tomardes para regra invariável do vosso proceder a
lei do Cristo, lei que tendes repelido ou falseado em sua interpretação.
Adolfo – Bispo de Alger, Marmande, 1862.
(o evangelho segundo
o espiritismo – Cap. VII, item 12).
O objetivo da
religião é conduzir a Deus o homem. Ora, este não chega a Deus senão quando se
torna perfeito. Logo, toda religião que não torna melhor o homem, não alcança o
seu objetivo. Toda aquela em que o homem julgue poder apoiar-se para fazer o
mal, ou é falsa, ou está falseada em seu principio.
(Allan Kardec – o
evangelho segundo o espiritismo -Cap. VIII, item 10).
Por isso mesmo,
porque é o pai de muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas
virtudes. Ele se encontra na base e como móvel de quase todas as ações humanas.
Essa a razão por que Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal
obstáculo ao progresso.
(Allan Kardec – o evangelho
segundo o espiritismo -Cap. X, item 10).
Do mesmo modo que as
doenças resultam das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às
influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma
imperfeição moral, que dá acesso a um Espírito mau. A causas físicas se opõem
forças físicas; a uma causa moral, tem-se de opor uma força moral.
Allan Kardec -O Evangelho
segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII – Coletânea de preces espíritas » V –
Preces pelos doentes e pelos obsidiados » Pelos obsidiados » Pelos obsidiados –
81.
Para nós, o homem
sério não é aquele que se abstém de rir, mas aquele cujo coração as nossas
palavras tocam, que as medita e tira delas proveito. Massillon
Allan Kardec – O
Livro dos Médiuns » Segunda parte – Das manifestações espíritas » Capítulo XXXI
– Dissertações espíritas » Sobre as Sociedades Espíritas » XXV.
As moscas são
atraídas pelos focos de corrupção; destruídos esses focos, elas desaparecerão.
Os maus Espíritos, igualmente, vão para onde o mal os atrai; eliminado o mal,
eles se afastarão. Os Espíritos realmente bons, encarnados ou desencarnados,
nada têm que temer da influência dos maus.
(Allan Kardec – A Gênese, Cap. XIV, item 21).
Além do anjo
guardião, que é sempre um Espírito superior, temos Espíritos protetores que,
embora menos elevados, não são menos bons e magnânimos. Contamo-los entre
amigos, ou parentes, ou, até, entre pessoas que não conhecemos na existência
atual. Eles nos assistem com seus conselhos e, não raro, intervindo nos atos da
nossa vida.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII » 11.
“Fazem-no as
mais das vezes para se divertirem com a credulidade, o terror, ou a alegria que
provocam; depois, riem-se do desapontamento. Essas predições mentirosas trazem,
no entanto, algumas vezes, um fim sério, qual o de pôr à prova aquele a quem
são feitas, mediante uma apreciação da maneira por que toma o que lhe é dito e
dos sentimentos bons ou maus que isso lhe desperta.”
Allan Kardec. O livro
dos médiuns, cap. XXVI, item 289, 10ª questão.
O que Deus exige por
termo de sofrimentos é um melhoramento sério, efetivo, sincero, de volta ao
bem. Deste modo o Espírito é sempre o árbitro da própria sorte, podendo
prolongar os sofrimentos pela pertinácia no mal, ou suavizá-los e anulá-los
pela prática do bem.
Allan Kardec – O Céu
e o Inferno, Cap. VII, item 13.
Os mundos
regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos
felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso, ao ir completando
a sua depuração. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às
leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e
desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do
orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca.
Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às
relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele,
cumprindo-lhe as leis.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo III – Há muitas moradas na casa de
meu Pai » Instruções dos Espíritos » Mundos regeneradores » 17.
Toda falta cometida,
todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for em
uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque todas as existências
são solidárias entre si. Aquele que se quita numa existência não terá
necessidade de pagar segunda vez”.
(Allan Kardec – O Céu
e o Inferno, cap. VII, item 9).
Deste-me, ó meu Deus,
a inteligência necessária a distinguir o que é bem do que é mal. Ora, do
momento em que reconheço que uma coisa é do mal, torno-me culpado, se não me
esforçar por lhe resistir.
Allan Kardec – O
Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII » 19.
“A exaltação da
personalidade leva o homem a considerar-se acima dos outros. Julgando-se com
direitos superiores, melindra-se com o que quer que, a seu ver, constitua
ofensa a seus direitos. A importância, que por orgulho atribui à sua pessoa,
naturalmente o torna egoísta.”
(Allan Kardec, Obras
Póstumas – 1ª. Parte – Egoísmo e o orgulho).
“Conforme as perguntas. Os Espíritos sérios sempre respondem com prazer às que têm por objetivo o bem e os meios de progredirdes. Não atendem às fúteis.”
Allan Kardec. O Livro
dos Médiuns, cap. XXVI, item 288.
“Não; o
Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.”
Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos, questão 675.
“Precisamos
pedir ao nosso anjo guardião e aos bons Espíritos que nos assistam na luta; não
basta, porém, lhes peçamos que afastem o Espírito mau; devemos lembrar-nos
desta máxima: ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará e rogar-lhes, sobretudo, a
força que nos falta para vencermos os nossos maus pendores, que são, para nós,
piores que os maus Espíritos, porquanto são esses pendores que os atraem, como
a podridão atrai as aves de rapina.”
Allan Kardec. Obras
Póstumas, item 58.
Em todas as
circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das
virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que
dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a
humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta
contra ele.
Allan Kardec.
Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 2.
O Espiritismo torna
compreensível a ação da prece explicando o modo de transmissão do pensamento.
Estamos todos, encarnados e desencarnados, mergulhados no fluido universal, que
ocupa o espaço e é o veículo do pensamento. Esse fluido recebe da vontade uma
impulsão, de tal modo que, quando dirigimos o pensamento para um ser qualquer,
na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente
fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o
pensamento, como o ar transmite o som. É assim que os Espíritos ouvem a prece
que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que
os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações e que
relações se estabelecem a distância entre encarnados. Pois bem. Por meio da
prece, o homem obtém o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em
suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a
força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se
deste se afastou, bem como a desviar de si os males que atrairia pelas suas
próprias faltas.
(O Evangelho segundo
o Espiritismo, cap. XXVII, itens 10 e 11.)
Em duas partes se
dividem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a
outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua
incúria ou por seus excessos. Admitindo-se que o homem nada possa com relação
aos outros males e que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles, já não
seria muito o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da
sua maneira de proceder?
Aqui facilmente se
concebe a ação da prece, visto ter ela por efeito atrair a salutar inspiração
dos Espíritos bons e granjear deles força para resistir aos maus pensamentos
cuja realização pode ser-nos funesta. Nesse caso, o que eles fazem não é
afastar de nós o mal, mas, sim, desviar-nos do mau pensamento que nos pode causar
dano, porque eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem
suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos,
dirigindo o nosso livre-arbítrio. Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira
imperceptível, para não subjugar-nos a vontade. O homem se acha então na
posição de alguém que solicita bons conselhos e os põe em prática, conservando,
porém, a liberdade de segui-los, ou não.
(O Evangelho segundo
o Espiritismo, cap. XXVII, item 12.).
Não acrediteis na
esterilidade e no endurecimento do coração humano; ao amor verdadeiro, ele, a
seu mau grado, cede. É um ímã a que não lhe é possível resistir. O contato
desse amor vivifica e fecunda os germens que dele existem, em estado latente,
nos vossos corações. Fénelon (Bordéus, 1861)
O Evangelho segundo o
Espiritismo, cap. XI, item 9.
A prece do homem de
bem é a que tem maior merecimento aos olhos de Deus e também maior eficácia,
porquanto o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que
somente nascem do sentimento da verdadeira piedade. Do coração do egoísta,
daquele que apenas de lábios ora, unicamente saem palavras, nunca os ímpetos de
caridade que dão à prece todo o seu poder.
(O Evangelho segundo
o Espiritismo, cap. XXVII, item 13.).
“Segundo os
pensamentos que dominam num encarnado, ele irradia raios impregnados desses
mesmos pensamentos que os viciam ou os saneiam, fluidos realmente materiais,
embora impalpáveis, invisíveis para os olhos do corpo, mas perceptíveis para os
sentidos perispirituais, e visíveis para os olhos da alma, uma vez que
impressionam fisicamente e tomam aparências muito diferentes para aqueles que
estão dotados da visão espiritual”.
Allan Kardec. Revista
Espírita, maio 1867.
“O passado,
quando com ele nos ocupamos, é presente. Verifica-se então, precisamente, o que
se passa contigo quando recordas qualquer coisa que te impressionou no curso do
teu exílio. Simplesmente, como já nenhum véu material nos tolda a inteligência,
lembramo-nos mesmo daquilo que se te apagou da memória. Mas nem tudo os
Espíritos sabem, a começar pela sua própria criação.”
O Livro dos Espíritos
» Parte Segunda – Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos » Capítulo VI – Da
vida espírita » Percepções, sensações e sofrimentos dos Espíritos » 242.
Os bons Espíritos
nunca mandam; não se impõem: eles aconselham, e, se não são escutados, se
retiram. Os maus são imperiosos: dão ordem, e querem ser obedecidos. Todo
Espírito que se impõe trai sua origem.
Allan Kardec –
Revista Espírita, setembro de 1859.
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